China defende participação da Europa nas negociações de paz sobre a Ucrânia

O representante permanente da China na ONU, Fu Cong, disse hoje que Pequim saúda o acordo entre Estados Unidos e Rússia para iniciar conversações de paz sobre a Ucrânia, mas considerou imperativo que a Europa participe.

© Facebook de Volodymyr Zelensky

“Esperamos que todas as partes envolvidas na crise na Ucrânia se empenhem no processo de diálogo de paz e cheguem a um acordo justo, duradouro e vinculativo aceite por todos”, disse Fu, durante uma sessão dedicada ao assunto, no Conselho de Segurança da ONU, cuja presidência rotativa é ocupada pela China em fevereiro.

As declarações de Fu, divulgadas hoje pela imprensa estatal, são as primeiras de um representante chinês sobre o acordo entre EUA e Rússia.

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, e o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, reuniram-se em Riade, num encontro que poderá conduzir a uma cimeira entre os Presidentes Donald Trump e Vladimir Putin.

O diplomata chinês espera que as partes “abordem as causas profundas desta crise através da negociação e encontrem um quadro de segurança equilibrado, eficaz e sustentável para alcançar uma estabilidade duradoura na região”.

Fu considerou, no entanto, ser imperativa a participação da Europa nas negociações, já que o conflito “ocorre em solo europeu”.

“A China tem defendido consistentemente a resolução pacífica de disputas e conflitos globais através do diálogo e da consulta”, algo que “se aplica ao problema da Ucrânia”, no qual Pequim “tem estado ativamente envolvida através da mediação diplomática”, mantendo contactos com todas as partes, afirmou.

Defendeu também a proposta apresentada pela China há dois anos, uma iniciativa de 12 pontos que defendia o respeito pela soberania e integridade territorial de todas as nações, mas que também tinha em conta as “preocupações legítimas de segurança” dos países.

Esta proposta foi recebida com ceticismo pelo Ocidente devido à ambiguidade demonstrada pelo país asiático durante o conflito e a sua aproximação a Moscovo.

“A evolução da situação demonstrou que a proposta da China é objetiva, justa, racional e pragmática, refletindo o amplo consenso da comunidade internacional”, defendeu o diplomata chinês.

Últimas do Mundo

Várias pessoas morreram hoje no centro da capital sueca, Estocolmo, atropeladas por um autocarro num incidente que provocou também vários feridos, afirmou a polícia sueca em comunicado.
A liberdade na Internet em Angola e no Brasil continuou sob pressão devido a restrições legais, à repressão à liberdade de expressão e a campanhas para manipular narrativas políticas, segundo um estudo publicado hoje.
Os Estados Unidos adiaram hoje, pela segunda vez, o lançamento de dois satélites que vão estudar a interação entre o vento solar e o campo magnético de Marte, proporcionando informação crucial para futuras viagens tripuladas ao planeta.
Após os ataques em Magdeburgo e Berlim, os icónicos mercados de Natal alemães estão sob alerta máximo. O governo impôs medidas antiterrorismo rigorosas e custos milionários, deixando cidades e organizadores em colapso financeiro.
Um relatório do Ministério do Interior alemão revela que suspeitos sírios estão associados a mais de 135 mil crimes em menos de uma década. A AfD aponta o dedo ao governo de Olaf Scholz e exige deportações imediatas.
O aumento da temperatura global vai ultrapassar o objetivo de 1,5 graus centígrados no máximo numa década em todos os cenários contemplados pela Agência Internacional de Energia (AIE), relatório anual de perspetivas energéticas globais, hoje publicado.
A Ryanair deve abster-se de impedir o embarque de passageiros, com reserva confirmada, que não sejam portadores do cartão digital, bem como de impor taxas pela utilização do cartão físico, determinou a ANAC - Autoridade Nacional de Aviação Civil.
O Governo ucraniano afastou hoje o ministro da Justiça, depois de este ter sido implicado num alegado esquema de cobrança de comissões na empresa nacional de energia atómica, revelado na segunda-feira pela agência anticorrupção do país.
Pelo menos 27 pessoas morreram e 3,6 milhões foram afetadas pela passagem do supertufão Fung-wong nas Filipinas no domingo, informaram hoje as autoridades locais.
As autoridades espanholas intercetaram 18 migrantes em Pilar de la Mola, que tinham alcançado Formentera, ilhas Baleares, na terça-feira à noite a bordo de uma embarcação precária.