André Ventura admite comissão de inquérito sobre “atribuição criminosa” de nacionalidade

O presidente do CHEGA, André Ventura, admitiu hoje avançar com uma comissão parlamentar de inquérito, levantando suspeitas de "atribuição criminosa" da nacionalidade portuguesa.

© Folha Nacional

“Quero também dizer ao país que não excluo, e reunirei o grupo parlamentar sobre isso, apresentar já nos primeiros dias da legislatura uma comissão parlamentar de inquérito” sobre a “atribuição de nacionalidade, de residência e de título de permanência em Portugal”, nos períodos dos governos de António Costa e Luís Montenegro, afirmou.

Em conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa, André Ventura considerou que “a partir de 2017 o número de atribuição de nacionalidade aumentou descontroladamente”, pelo que vai propor que a comissão investigue desde esse ano até ao último governo, liderado por Luís Montenegro.

O líder do CHEGA adiantou que, se a iniciativa avançar, o CHEGA vai querer ouvir o ex-primeiro-ministro e atual presidente do Conselho Europeu, António Costa, o atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, o antigo responsável pela pasta Augusto Santos Silva, bem como os anteriores ministros da Administração Interna José Luís Carneiro, que é candidato único à liderança do PS, e Margarida Blasco.

André Ventura disse que o Chega poderá “avançará com uma comissão potestativa, se necessário, para investigar até ao último detalhe aqueles que foram responsáveis pela atribuição criminosa de nacionalidade e de residência em Portugal nos últimos anos”.

Na opinião do líder do partido, podem estar em causa crimes como “falsificação de documentos, traição à pátria, de branqueamento de capitais, [ou] de tráfico de influência”.

O CHEGA vai pedir também o agendamento de um debate de urgência para sexta-feira, “sobre as questões da residência, da imigração e da nacionalidade atribuídas em Portugal”.

Ventura deu como exemplo o caso dos sete cidadãos que perderam a vida na semana passada, na queda de um avião na Índia.

Nos termos da lei portuguesa, pode ter adquirido a nacionalidade portuguesa quem tenha nascido ou residisse no chamado “Estado Português da Índia” – que abrangia os territórios de Goa, Damão, Diu, Dadrá e Nagar-Aveli – até determinadas datas, assim como os seus filhos e netos.

No entanto, o líder do CHEGA alegou estas pessoas não se inserem nestes casos, e considerou que “o que aconteceu foi mercadejar a nacionalidade portuguesa”.

Últimas de Política Nacional

Cristina Vaz Tomé, antiga secretária de Estado da Gestão da Saúde, será nomeada presidente do conselho de administração do Metro de Lisboa. A informação foi avançada esta segunda-feira pela revista Sábado e marca a primeira escolha do novo Governo de Luís Montenegro para a liderança daquela empresa pública, que até agora mantinha uma administração nomeada pelo anterior executivo de António Costa.
A CGD venceu em tribunal uma ação contra Joaquim Barroca, ex-líder do Grupo Lena, e a sua ex-mulher, por causa de uma venda simulada de uma casa de luxo. A moradia foi vendida em 2017 por 148 mil euros, mas Barroca manteve o direito de lá viver. O tribunal considerou a transação inválida e ordenou a devolução do imóvel ao banco público.
O presidente do CHEGA disse hoje que tem um “princípio de acordo” com a AD quanto a algumas linhas orientadoras para mudar a lei da nacionalidade, assumindo houve o “compromisso de bloquear uma série de audições” pedidas pela esquerda.
Apesar do sucessivo boicote dos partidos do Sistema, André Ventura quer alterar o Código Penal, permitindo que crimes como a corrupção, o homicídio e a violação possam ser criminalmente perseguidos a qualquer momento.
O Estado está a virar as costas aos seus próprios cidadãos, deixando os portugueses em segundo plano enquanto promove uma política de privilégios para quem pouco ou nada contribuiu.
A proposta de lei do Governo para baixar as taxas de IRS em 2025 foi aprovada hoje na especialidade com os votos a favor do PSD, CDS-PP, CHEGA e IL.
O CHEGA vai pedir a realização de um debate de urgência na sexta-feira sobre a privatização parcial da TAP para que o Governo explique ao parlamento os contornos do negócio, anunciou hoje o presidente do partido.
PSD, CHEGA, IL e CDS-PP defenderam hoje o agravamento das penas da ocupação ilegal de habitações, enquanto os partidos da esquerda consideraram que se trata apenas de perceções e acusaram a direita de populismo.
A necessidade de uma comissão de inquérito ao INEM uniu hoje vários partidos no parlamento, com a bancada do PSD a considerar a sua criação precipitada, mas a não se opor à proposta apresentada pela Iniciativa Liberal.
A ministra da Justiça reconheceu hoje ter existido uma fragilidade na fuga de dois reclusos no Estabelecimento Prisional de Alcoentre, onde estavam 17 guardas para cerca de 460 detidos, considerando ter-se tratado de uma “mera coincidência”.