De acordo com o Jornal de Notícias (JN), militares foram novamente afetados pela infestação, apesar das anteriores intervenções de desinfestação e da substituição de colchões.
“É uma infestação de percevejos que já foi, supostamente, tratada várias vezes, mas sempre sem solução. O essencial era trocar os colchões e os estrados”, afirmou ao JN uma fonte militar da GNR, que pediu anonimato por receio de represálias.
Este é apenas o caso mais recente numa longa lista de denúncias sobre a degradação das infraestruturas das forças de segurança em Portugal. Em 2023, a esquadra da PSP de Moscavide foi alvo de críticas devido à presença de humidade, infiltrações e instalações sanitárias
inoperacionais. Já em 2021, a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia denunciou várias esquadras com ratos, bolor e sistemas elétricos obsoletos, pondo em causa a segurança dos próprios agentes.
Muitos destes edifícios continuam sem obras de requalificação, apesar das promessas governamentais. Os sindicatos e associações de militares alertam para o impacto direto destas condições na moral e no desempenho das forças de segurança.
O comando da GNR afirma que os casos atuais estão “contidos” e que estão a ser tomadas medidas adicionais de higienização, mas o problema volta a lançar luz sobre a necessidade urgente de investimento nas infraestruturas da segurança pública.