Centenas de pessoas concentradas em Belém para ver o Papa Francisco

©Facebook\JMJ

Algumas centenas de pessoas estão concentradas hoje de manhã nos jardins em frente ao Palácio de Belém a aguardar pelo Papa Francisco, que deverá chegar ao local antes das 11:00 para uma visita de cortesia ao Presidente da República.

Desde cedo que as pessoas começaram a acumular-se junto às grades que delimitam o perímetro de segurança onde se concentram os jornalistas e forças oficiais, em torno do Palácio de Belém, nomeadamente no Jardim Afonso de Albuquerque e junto ao Museu dos Coches.

Às 09:40, a passagem de caças da Força Aérea no ar denunciava a chegada do avião do Papa Francisco ao aeroporto de Figo Maduro, em Lisboa, onde irá presidir à Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o que arrancou aplausos aos populares concentrados no local.

Na linha da frente da área destinada aos crentes e peregrinos estavam três nigerianas, que contaram à agência Lusa ter chegado ao local às 07:30 para tentarem ver o Papa Francisco do melhor ângulo possível.

“Acordámos cedo para sermos as primeiras e para estarmos aqui para dizer diretamente que o amamos e que rezamos por ele todos os dias”, contou Adaobi, que viajou desde a Nigéria com Martha e Fona.

Com um ar visivelmente cansado, contaram à Lusa que tinham estado na terça-feira em Fátima, sendo esta a primeira vez que estão em Portugal, onde tencionam ficar toda a semana.

Ulrica Marques chegou a Belém pelas 08:15, mas também conseguiu assegurar lugar na primeira fila, junto às baias que asseguram o perímetro de segurança. Terá de esperar mais de duas horas até à chegada do Papa Francisco, mas está certa de que valerá a pena.

“Sendo católica, sinto que o Papa é uma figura que nos representa a todos, na maneira de pensar, nas ideologias com que nos guia e nos dá esta alegria de viver e de esperança de que algo melhor vai acontecer. Não podemos ficar indiferentes àquilo que está a acontecer em Lisboa”, disse à Lusa.

Sentimento semelhante moveu também Mateus e Vitória, brasileiros a viver em Portugal, a poucos minutos do Palácio de Belém.

“Viemos na expectativa de conseguir ver o Papa, mesmo que seja de longe”, sublinharam os dois jovens.

A viagem de Emily Lencaster de casa até ali foi igualmente curta, mas ao contrário da maioria que pelas 09:00 ia já ocupando o Jardim Afonso de Albuquerque, foi sobretudo com a intenção de dar visibilidade ao seu protesto pelo ambiente e o que traz consegue chamar a atenção.

“Este vestido é feito de três meses de faturas do meu consumo normal e mostra que qualquer pessoa gera esta quantidade de lixo”, explicou, referindo que decidiu estar hoje em Belém porque sabia que a chegada do Papa Francisco iria reunir muita gente, mas deixando também críticas à organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

“Há muito dinheiro que tem sido gasto com este evento, quando a nossa prioridade deveria ser a sustentabilidade”, defendeu.

Ostentando uma bandeira da Guatemala estavam Katherine e Lucia Perez, que chegaram à zona às 08:30, naquela que é a sua primeira viagem a Portugal, depois de já terem feito uma visita a Fátima.

Questionadas sobre o que gostariam de dizer ao Papa, disseram que lhe pediriam para interceder pelo seu país e rezar pela paz no mundo.

“Como jovens, gostávamos de pedir que nos ajude a ter mais força para trabalhar no sentido de trazer o reino de Deus para o mundo”, afirmou Lucia.

O Papa é recebido pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e duas crianças, em trajes tradicionais, que oferecem flores a Francisco.

Após a receção oficial, decorre uma cerimónia de boas-vindas, na entrada principal do Palácio de Belém, onde, às 11:15, o Papa faz uma visita de cortesia ao Presidente da República.

Segue-se um encontro com autoridades, sociedade civil e corpo diplomático, no Centro Cultural de Belém.

Mais de um milhão de pessoas são esperadas em Lisboa na JMJ, que começou na terça-feira e termina no domingo.

Considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, a jornada nasceu por iniciativa do Papa João Paulo II (1920-2005), após um encontro com jovens em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

Últimas do País

Um morto, 11 feridos graves e 77 ligeiros é o resultado de 221 acidentes registados pelos militares da GNR nas últimas 24 horas, segundo o balanço provisório da Operação Páscoa 2025 hoje divulgado pela Guarda Nacional Republicana.
O suspeito de esfaquear mortalmente um estudante de 19 anos junto ao Bar Académico, em Braga, ficou hoje em prisão preventiva, adiantou à agência Lusa o advogado do arguido.
A Comissão de Trabalhadores do INEM rejeitou hoje que os seus profissionais sejam o “bode expiatório” de um Serviço Nacional de Saúde (SNS) “com falhas”, sobretudo no encaminhamento de utentes de risco.
A PSP e a GNR detiveram na última semana cerca de 1.150 pessoas em operações especiais de Páscoa, mais de metade delas por conduzirem embriagadas ou sem carta, segundo os balanços provisórios de hoje das duas entidades.
Mais de 180 quilos de carne proveniente de abate ilegal, destinada a estabelecimentos de restauração e comércio alimentar na região da Grande Lisboa, foram apreendidas em Torres Vedras numa operação de fiscalização da GNR, foi hoje anunciado.
Os distritos do Porto, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Aveiro, Coimbra e Braga vão estar sob aviso laranja a partir das 18:00 de hoje, devido à previsão de agitação marítima, segundo o IPMA.
“O CHEGA não se deixará intimidar por atos cobardes e antidemocráticos levados a cabo pela calada da noite”, pode-se ler em comunicado enviado às redações. O partido vai apresentar queixa às autoridades.
Quatro pessoas foram esta sexta-feira resgatadas em Manteigas, no distrito da Guarda, após ficarem sem ter como sair de um percurso pedonal na Nave da Mestra, na Serra da Estrela, anunciou fonte da Proteção Civil.
Um homem de 51 anos foi detido na noite de quarta-feira, em Leiria, pela suspeita do crime de violência doméstica agravado contra a companheira, revelou hoje a PSP.
Mais de 1.500 acidentes rodoviários, dos quais resultaram dois mortos, 30 feridos graves e 447 feridos ligeiros, foram registados pela GNR durante a Operação Páscoa 2025, que começou na sexta-feira, segundo um balanço provisório hoje divulgado.