Biden e Netanyahu encontraram-se hoje, brevemente, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, e o Presidente norte-americano prometeu que uma futura possível reunião versará sobre “assuntos difíceis”, “valores democráticos” e “equilíbrio de poderes”, numa clara referência à polémica reforma judicial em Israel, promovida pelo Governo e que já foi criticada pelos Estados Unidos.
A demora de uma reunião formal entre os dos líderes tem sido interpretada como sinal de descontentamento dos Estados Unidos face ao novo Governo de Israel de Netanyahu, que lidera uma coligação que integra partidos ultraortodoxos.
Na breve conversa de hoje com Biden, Netanyahu limitou-se a dizer que os dois países mantêm objetivos comuns.
“Sob a sua liderança como Presidente, seremos capazes de forjar uma paz histórica entre Israel e a Arábia Saudita”, disse o chefe de Governo israelita a Biden.
Acrescentou que está determinado em defender os valores democráticos, apesar da reforma judicial em curso, que tem sido alvo de contestação popular e de críticas dos opositores, que alegam que diminui o poder do Supremo Tribunal face ao poder político governamental.
Um acordo entre Israel e a Arábia Saudita, países rivais, iria ao encontro dos desejos dos EUA, depois de a Casa Branca ter dito que esse entendimento é uma variável essencial para a estabilidade política no Médio Oriente.