Chefe da diplomacia russa visita Coreia do Norte na quarta-feira

O chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, que está na China, vai visitar na quarta-feira a Coreia do Norte, anunciou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia em comunicado de imprensa.

© Facebook Sergei Lavrov

“Nos dias 18 e 19 de outubro, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, fará uma visita oficial à República Democrática da Coreia”, a convite do seu homólogo norte-coreano”, é referido no comunicado.

A diplomacia russa anunciou a viagem num breve comunicado em que não revelou com quem Lavrov se reunirá em Pyongyang.

Esta visita de Lavrov à Coreia do Norte ocorre pouco mais de um mês depois de uma viagem à Rússia do líder norte-coreano Kim Jong Un para uma cimeira excecional com o presidente russo Vladimir Putin, no cosmódromo de Vostotchny (Extremo Oriente da Rússia).

Os dois líderes defenderam então um reforço dos laços bilaterais, com Putin a dizer em particular que via “perspetivas” de cooperação militar com Pyongyang, no meio de um conflito armado entre Kiev e Moscovo.

Segundo o Kremlin, o presidente russo também aceitou o convite de Kim para visitar a Coreia do Norte.

Embora os detalhes dessa cimeira não tenham sido tornados públicos, Moscovo garantiu que a reunião proporciona espaço para a cooperação militar e espacial entre os dois países.

De acordo com vários meios de comunicação social, Kim teria concordado em apoiar a guerra de Moscovo na Ucrânia com milhões de mísseis antitanque e munições de artilharia em troca de Pyongyang receber ajuda alimentar, tecnologia de satélite ou submarinos com propulsão nuclear, suposições que têm sido condenadas por Washington e Seul, que sublinharam que violariam as sanções internacionais.

Os Estados Unidos garantiram na sexta-feira que a Coreia do Norte enviou à Rússia mais de mil contentores cheios de equipamento militar e munições para que possam ser utilizados na guerra da Ucrânia.

Além disso, a Casa Branca divulgou imagens que supostamente mostram a transferência de armas da Coreia do Norte para a Rússia.

Últimas de Política Internacional

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, advertiu hoje que Israel irá reagir com força a qualquer violação de um cessar-fogo no Líbano que venha a ser acordado.
Um grupo de deputados russos apresentou hoje perante a Duma (a câmara baixa da Assembleia Federal) um projeto de lei que abre caminho ao reconhecimento do movimento talibã pela presidência da Rússia (Kremlin).
O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, disse hoje que Israel não tem "nenhuma desculpa" para recusar o cessar-fogo no Líbano negociado pelos Estados Unidos e pela França.
Olaf Scholz foi escolhido por unanimidade como o candidato primeiro-ministro do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) nas eleições legislativas antecipadas de 23 de fevereiro, anunciou hoje o partido.
A lusodescendente e senadora republicana de Rhode Island, Jessica de la Cruz, espera que o seu partido "não desperdice a oportunidade” gerada pela vitória de Donald Trump, admitindo à Lusa ansiar pela redução governamental prometida pelo Presidente eleito.
A Alemanha e a França sinalizaram hoje que tomaram nota dos mandados de detenção do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro israelita e o seu ex-ministro da Defesa, mas sem indicarem se os aplicarão.
O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu hoje mandados de captura para o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, e o chefe do braço militar do Hamas, Mohammed Deif.
A Comissão Europeia adotou hoje um conjunto de diretrizes para melhorar os direitos das pessoas com deficiências e para ajudar na promoção de um estilo de vida independente, com integração nas comunidades.
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros anunciou hoje que a embaixada de Portugal em Kiev encerrou “temporariamente e por alguns dias”, mas salientou que tal já aconteceu por várias vezes durante a guerra da Ucrânia.
A embaixada dos Estados Unidos em Kiev vai encerrar depois de ter sido alertada para um "possível ataque aéreo significativo" contra a Ucrânia, após Moscovo ter ameaçado responder ao uso de mísseis norte-americanos de longo alcance contra território russo.