Human Rights Watch denuncia “aparente crime de guerra” em Myanmar

A organização não-governamental (ONG) Human Rights Watch (HRW) denunciou um "aparente crime de guerra" cometido em Myanmar (antiga Birmânia) pelos militares e que resultou na morte de 28 civis.

© D.R.

“Os militares de Myanmar atacaram uma aldeia que albergava centenas de civis deslocados no Estado de Kachin a 9 de outubro de 2023, matando 28 civis, incluindo 11 crianças, cometendo um aparente crime de guerra”, afirmou em comunicado a ONG, referindo-se a um “ataque noturno a Mung Lai Hkyet, que também feriu mais de 60 pessoas e causou grandes danos a estruturas civis” e que “não pareceu visar um objetivo militar”.

A Human Rights Watch diz não ter encontrado provas da presença de grupos armados da oposição nas proximidades da aldeia na altura do ataque.

“Os repetidos ataques e bombardeamentos dos militares de Myanmar a uma aldeia cheia de pessoas deslocadas foram ilegalmente deliberados ou indiscriminados”, disse Manny Maung, investigador da ONG em Myanmar.

Mung Lai Hkyet situa-se a cerca de cinco quilómetros do quartel-general do Exército de Independência Kachin (KIA) em Laiza, perto da fronteira com a China, salientou a HRW, lembrando que “há décadas que o KIA está em conflito com o exército de Myanmar, que tem um longo historial de crimes de guerra no Estado de Kachin e noutros locais”.

“Os confrontos no Estado de Kachin aumentaram desde que o KIA se opôs ao golpe militar em Myanmar em fevereiro de 2021, provocando novas deslocações para zonas como Mung Lai Hkyet. O KIA também tem estado a treinar recrutas para novos grupos armados que se opõem à junta [militar] de Myanmar”, pode ler-se na mesma nota.

Últimas do Mundo

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, manifestou-se hoje favorável a uma mudança na estrutura militar do país, de forma a “reduzir a burocracia” e a facilitar a gestão das tropas envolvidas na guerra contra a Rússia.
O papa Francisco apelou hoje aos jovens do mundo para não se deixarem contagiar por a ânsia do reconhecimento ou o desejo de serem “estrelas por um dia” nas redes sociais, durante a missa.
Um suspeito foi morto e três polícias ficaram feridos num tiroteio ocorrido esta manhã perto da embaixada de Israel em Amã, capital da Jordânia, num incidente que as autoridades informaram estar controlado.
A Rússia avisou hoje a Coreia do Sul que o uso de armas fornecidas por Seul à Ucrânia para “matar cidadãos russos destruirá definitivamente” as relações entre os dois países.
Carlos Monjardino, presidente da Fundação Oriente, considera que se assiste nos últimos anos, sobretudo desde a chegada de Xi Jinping à presidência chinesa, a "uma certa vontade de acelerar o processo" de 'reunificação' de Macau à China.
O presidente eleito Donald Trump escolheu Russell Thurlow Vought, um dos 'arquitetos' do programa governamental ultraconservador Projeto 2025, para chefiar o Gabinete de Gestão e Orçamento do futuro Governo.
Os Estados-membros das Nações Unidas (ONU) adotaram hoje por consenso uma resolução que visa dar início a negociações formais para a criação de uma convenção sobre crimes contra a humanidade.
Pelo menos quatro pessoas morreram e 33 ficaram feridas num ataque, atribuído a Israel, que destruiu um edifício no centro de Beirute, noticiaram esta manhã os meios de comunicação do Líbano.
O Governo do Laos disse hoje estar "profundamente entristecido" pela morte de seis turistas ocidentais, alegadamente após terem bebido álcool adulterado com metanol em Vang Vieng, uma cidade do noroeste do país, popular entre mochileiros.
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, reuniu-se com o próximo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na sexta-feira em Palm Beach, Florida, anunciou este sábado a porta-voz da Aliança Atlântica.