De acordo com os dados divulgados hoje pelo Banco de Portugal (BdP), a diferença entre entradas (novas emissões) e saídas (amortizações) de certificados de aforro resultou num saldo positivo de 39 milhões de euros.
Assim, os certificados de aforro continuam a captar um valor de poupanças superior ao que vai saindo, mas este saldo de 39 milhões de euros reflete um abrandamento se comparado com os 164 milhões de euros registados em setembro, sendo mesmo o menor valor desde junho, mês em que a série de certificados em comercialização (‘série E’) foi substituída pela ‘série F’, com uma taxa de juro mais baixa.
Os 34.017 milhões de euros aplicados em certificados de aforro no final de outubro correspondem, ainda assim, ao valor máximo de sempre na série estatística do BdP, que recua até dezembro de 1998.
Recorde-se que a taxa de juro base da ‘série F’ de certificados de aforro é de 2,5%, enquanto a série anterior (que já não pode ser subscrita) tem uma taxa de juro que pode ir até 3,5% – patamar onde se encontra atualmente por oscilar em função da evolução da Euribor.
Relativamente aos certificados do tesouro, outro dos títulos de dívida pública para os quais os particulares podem canalizar poupança, os dados mostram que o valor total continuou a cair em outubro.
No mês passado, havia 11.447 milhões de euros aplicados em certificados do tesouro, valor que traduz uma quebra face ao mês anterior (11.692 milhões de euros) e em termos homólogos (15.829 milhões de euros).