Teatro D. Maria II deverá reabrir ao público apenas em janeiro de 2025

O Teatro Nacional D. Maria II deverá reabrir ao público no início de 2025, um ano depois do prazo inicialmente previsto, estimando-se que as obras estejam concluídas em outubro de 2024, disse hoje o seu administrador.

© D.R.

O projeto Odisseia Nacional deverá continuar pelo país durante o próximo ano.

Em declarações aos jornalistas, à margem de um encontro com a Imprensa no Teatro das Figuras, em Faro, Rui Catarino, explicou que a obra foi consignada apenas em junho deste ano, depois de alguma “entropia” burocrática e administrativa.

“Tendo em consideração que o prazo inicial de 12 meses teve de ser estendido, pela complexidade da obra, para 16 meses, leva-nos a que a data previsível para o final da obra seja outubro de 2024, prevendo-se que o teatro possa reabrir em janeiro de 2025 ao público, já totalmente remodelado e com a sua programação definida”, sublinhou.

O teatro, encerrado desde janeiro para obras de requalificação, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), está desde essa altura a desenvolver o projeto Odisseia Nacional em parceria com 93 concelhos de todas as regiões de Portugal continental e ilhas.

O projeto, que levará em novembro e dezembro vários espetáculos a diferentes salas do Algarve, deverá continuar em 2024, depois de, nos primeiros nove meses do ano, já ter percorrido 60 concelhos do país, com mais de 21.000 espectadores.

“A Odisseia Nacional não irá parar, estender-se-á durante o ano de 2024 e a intenção é que este papel de expansão por todo o território nacional continue mesmo depois de o teatro reabrir, em 2025, e passe a ser parte da sua missão, este trabalho de coesão territorial pela cultura”, afirmou o responsável.

De acordo com Rui Catarino, em 2024, mesmo sem o Teatro Nacional D. Maria II reaberto, haverá um regresso da programação também a Lisboa em espaços alternativos, que será anunciada no início do mês de dezembro.

O administrador do teatro adiantou que as intervenções em curso incidem mais em zonas técnicas de escritórios e zonas de trabalho, pelo que a mudança nos espaços públicos “será menos do que aquilo que a magnitude das obras e a sua duração poderiam dar a entender”.

“Será naturalmente visível que o teatro vai estar muito mais limpo, as fachadas vão ser restauradas e iluminadas, a sala Garret vai ser repintada, todos os têxteis da sala vão ser substituídos, vai estar mais bonita, mas as mudanças estruturais vão acontecer longe da visão do público”, sublinhou.

No entanto, realçou, o teatro, classificado como monumento nacional, “não é só o seu edifício físico, mas é também uma ferramenta de política pública para a coesão territorial, para que a oferta cultural e as oportunidades de participação cultural das populações de todo o país façam parte” do que é o Teatro Nacional D. Maria II.

“Na dimensão física, mas também na dimensão programática ou simbólica, o Teatro Nacional D. Maria II vai mudar. Fisicamente, não tanto. Simbolicamente, estamos certos que vai mudar tremendamente”, concluiu.

As obras de recuperação têm um valor estimado de 9,8 milhões de euros.

Últimas de Cultura

A Arte Equestre Portuguesa foi hoje classificada Património Imaterial Cultural da Humanidade, na reunião do comité responsável da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
A Câmara de Paris homenageou a escritora portuguesa Agustina Bessa-Luís dando o seu nome a uma biblioteca, numa iniciativa para promover a literatura portuguesa contemporânea e a obra da autora com uma ligação a Paris.
Conflitos, imigração, INEM e polícia são algumas das dez palavras finalistas para a escolha de “A palavra do Ano”, uma iniciativa da Porto Editora para apurar os vocábulos mais pesquisados e que refletem os temas que marcaram o ano.
A Parques de Sintra-Monte da Lua foi distinguida nos World Travel Awards na categoria de “Melhor Empresa do Mundo em Conservação”, pelo 12.º ano consecutivo, desde 2013, anunciou hoje a sociedade que gere os monumentos e parques sintrenses.
O Portugal dos Pequenitos, em Coimbra, vai iniciar em 2025 uma expansão do parque dedicada à arquitetura contemporânea, num investimento de sete milhões de euros que inclui obras de Souto Moura, Siza Vieira e Koolhaas.
O único Pai Natal certificado da Península Ibérica vai levar, em dezembro, uma mensagem de boas festas e uma 'prendinha' didática às crianças do pré-escolar e do primeiro ciclo do concelho de Vagos, anunciou a Câmara Municipal.
O presidente da Museus e Monumentos de Portugal mostrou-se hoje preocupado com o facto de vários equipamentos tutelados pela empresa pública em Lisboa estarem fechados para obras em 2025, coincidindo com uma campanha turística focada no património.
O Teatro Campo Alegre, no Porto, acolhe nos dias 29 e 30 a Mostra Estufa, uma iniciativa da companhia Erva Daninha, que funciona como "incubadora de novos criadores e propostas emergentes" de circo contemporâneo, foi hoje anunciado.
A obra de Jean Painlevé, pioneiro do cinema documental que desvendou a vida subaquática, é exposta pela primeira vez em Portugal, na Culturgest, em Lisboa, numa revelação do investigador da Sorbonne que foi parte do surrealismo francês.
A proposta da Arte Equestre Portuguesa a Património Imaterial da Humanidade vai ser analisada em dezembro, na reunião do Comité intergovernamental da UNESCO, em Assunção, no Paraguai, disse à agência Lusa fonte da candidatura.