As últimas semanas têm ficado marcadas pelo debate público sobre o que acontecerá ao país no pós-eleições de dia 10 de março. A verdade é que a resposta é muito sim- ples e não carece de horas e horas de análise na televi- são feita por comentadores do sistema e, na sua larga maioria, de esquerda.
Está bastante claro, da par- te do CHEGA, que o país terá um governo de direita. O partido de André Ventura é um partido responsável cuja única linha vermelha que co- loca é ao Partido Socialista e aos seus companheiros da extrema-esquerda.
É certo, como o sol nascer todos os dias, que o CHEGA jamais, em tempo algum, irá viabilizar um governo de es- querda. O país não aguenta mais um ano que seja de governação de esquerda que só tem resultado em urgências hospitalares en- cerradas, pessoas que tra- balham e que ainda assim têm de viver na rua, idosos que, ou se alimentam, ou se medicam, jovens que emigram porque em Portu- gal não conseguem sair da casa dos pais antes de eles próprios terem filhos.
Ora, o CHEGA já disse que está disposto a conversar com os partidos da direita para formar uma alternati- va ao socialismo. Quem tem dito “não, não e não” é Luís Montenegro.
E agora cabe perguntar: o que acontece se o PS ven- cer as eleições, apesar de existir uma maioria à direi- ta? Ora, ou Luís Montenegro volta atrás com a sua pa- lavra – palavra que jamais devia ter sido dada por representar um completo desrespeito para com mais de 400 mil eleitores – ou Luís Montenegro viabiliza um governo do PS.
Sim, meus caros. É isto que ninguém quer dizer, é isto que todos os comentadores e jornalistas tentam escon- der, mas a verdade é que a única hipótese de o PS continuar a governar – ten- do em conta as sondagens que temos tido até à data – é com o apoio do PSD. Portanto, deixemo-nos de enganar os portugueses: com o CHEGA é garantida uma governação à direita, porque o que realmente importa é o país e os portu- gueses. Sempre. Até ao fim! E agora PSD? Como é que vai ser?