No âmbito do luto nacional, os edifícios oficiais têm a bandeira do país a meia haste e um estandarte negro, e ao meio-dia locais (11:00 em Lisboa) os sinos das igrejas tocaram para assinalar um minuto de silêncio.
Decorrem também atos fúnebres, que incluem uma missa na catedral de São Vito, na qual participa o chefe de Estado checo, Petr Pavel, e os presidentes de duas câmaras do Parlamento.
“Estamos a viver um horror enorme, mas é incomparável com o que sofreram as vítimas, os seus entes queridos e feridos”, afirmou, antes da cerimónia, o presidente do Senado, Milos Vystrcil ao canal público CT24.
“Não se trata apenas de melhorar a segurança das universidades, trata-se da forma como os meios de comunicação funcionam e de como educamos os nossos filhos e netos”, afirmou também o político conservador, depois de repetidos apelos do Governo para que haja discrição na divulgação de notícias sobre a tragédia.
A polícia está a investigar até oito alegados crimes de desinformação, apelo à violência e ameaças nas redes sociais, tendo já detido preventivamente várias pessoas.
A democracia “consiste em encontrar a fronteira entre a liberdade e a sua regulação”, salientou Vystrcil.
Na reitoria da Universidade Carolina, em Praga foi montada uma ampla zona de devoção, onde muitas pessoas estão a acender velas, à semelhança do que está a acontecer na Faculdade de Filosofia, onde ocorreu a tragédia.
O ataque aconteceu na quinta-feira, quando um estudante checo começou a disparar indiscriminadamente contra os seus colegas sendo os motivos do crime ainda desconhecidos.
Depois do ataque, que causou a morte a 14 colegas, o autor do tiroteio cometeu suicídio.
Segundo o chefe da polícia, Martin Vondrasek, a polícia começou a procurar o jovem antes mesmo do tiroteio, depois de o seu pai ter sido encontrado morto na vila de Hostoun, a oeste de Praga.
Além dos mortos, o tiroteio provocou 25 feridos, nove dos quais ficaram em estado grave.