Presidente do Eurogrupo antecipa crescimento de 1% para zona euro em 2024

O presidente do Eurogrupo perspetivou hoje um crescimento de cerca de 1% para a zona euro em 2024, que é mais baixo do que o desejável, mas é motivado pela inflação e pelo conflito na Ucrânia.

© D.R.

 

“Continuo a achar que a economia da zona euro está a aguentar-se bem”, considerou Paschal Donohoe, à entrada para uma reunião dos ministros dos Estados-membros da Zona Euro responsáveis pelas Finanças (Eurogrupo), em Bruxelas.

A inflação continua a afetar o crescimento dos países que utilizam a moeda única, assim como “a guerra nas fronteiras” europeias, acrescentou o presidente do Eurogrupo, aludindo ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia no território ucraniano, que dura há quase dois anos

“Ainda assim, há crescimento económico e espero que seja de cerca de 1% para 2024, na generalidade da zona euro, apesar de não ser o rácio de crescimento de que eu gostaria, mas não deixa de ser crescimento, apesar de todos os desafios”, rematou.

Decorre hoje a primeira reunião do Eurogrupo de 2024.

Os ministros vão debater os resultados da missão do artigo IV do Fundo Monetário Internacional (FMI) à zona euro, assim como analisar os projetos de recomendações sobre a política económica da zona euro no âmbito do Semestre Europeu de 2024 e trocar opiniões sobre a competitividade externa da zona área do euro, com destaque para os preços da energia.

O Eurogrupo deve aprovar o seu programa de trabalho para o primeiro semestre do ano.

São países com a moeda única: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Croácia, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos e Portugal.

Últimas de Economia

O Banco Central Europeu (BCE) vai reduzir o prazo da aprovação das recompras de ações dos bancos a partir de janeiro para duas semanas em vez dos atuais três meses, foi hoje anunciado.
A produtividade e o salário médio dos trabalhadores de filiais de empresas estrangeiras em Portugal foram 69,6% e 44,2% superiores às dos que laboravam em empresas nacionais em 2024, segundo dados divulgados hoje pelo INE.
O subsídio de apoio ao cuidador informal deixa de ser considerado rendimento, anunciou hoje o Governo, uma situação que fazia com que alguns cuidadores sofressem cortes noutras prestações sociais, como o abono de família.
O Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter os juros inalterados, como era esperado pelos analistas e mercados, segundo foi hoje anunciado após a reunião de dois dias.
Os títulos de dívida emitidos por entidades residentes somavam 319.583 milhões de euros no final de novembro, mais 1.200 milhões de euros do que no mês anterior, segundo dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).
A taxa de juro no crédito à habitação encontradau 4,7 pontos para 3,133% entre outubro e novembro, mas nos contratos celebrados nos últimos três meses a taxa levantada pela primeira vez desde abril, segundo o INE.
Sete em cada 10 jovens dizem não conseguir ser financeiramente autónomos e a maioria ganha abaixo do salário médio nacional, segundo um estudo que aponta o custo da habitação como um dos principais entraves à sua emancipação.
O Governo aprovou hoje o aumento do salário mínimo nacional em 50 euros em 2026, de 870 para 920 euros (brutos), anunciou hoje o ministro da Presidência após o Conselho de Ministros.
A Comissão Europeia estima que os preços da habitação em Portugal estejam sobrevalorizados em 25%, sendo esta a percentagem atual mais elevada na União Europeia (UE), sendo também um dos piores países nas variações no poder de compra.
A Comissão Europeia vai propor esta terça-feira um alívio nas regras de ajudas estatais da União Europeia e limites ao alojamento local para promover acesso à habitação acessível no espaço comunitário, sendo Lisboa uma das cidades comunitárias mais pressionadas.