CHEGA apela a compromisso pré-eleitoral sobre apoios a agricultores

O presidente do CHEGA, André Ventura, deixou hoje um apelo aos partidos de direita para um "compromisso pré-eleitoral" a nível nacional sobre o setor agrícola, visando um pagamento de apoios sem atrasos e "de forma cumpridora".

© Folha Nacional

“Queria fazer um apelo a todos os partidos, sobretudos aos partidos que podem vir a formar uma maioria de direita. Queria deixar o apelo para que houvesse um compromisso pré-eleitoral com a agricultura, em que os apoios devidos são pagos a tempo e a horas, de forma clara e cumpridora, e não como aconteceu com o Governo do Partido Socialista, com atrasos persistentes e permanentes”, afirmou André Ventura.

O dirigente falava aos jornalistas na feira agrícola de Santana, no concelho açoriano da Ribeira Grande, onde esteve em campanha para as legislativas regionais de domingo.

Ventura disse compreender o protesto que está hoje em curso em diferentes zonas do país e afirmou que os agricultores “têm razão para estarem chateados, têm razão para não confiar no Governo”.

“Falharam-lhes em tudo: falharam-lhes nos apoios quando foi o tempo da covid, falharam-lhes nos apoios quando chegou o tempo da inflação e da guerra, falharam-lhes na seca”, lamentou, referindo conhecer produtores que ainda não receberam as ajudas relativas à pandemia de covid-19.

Os profissionais do setor em Portugal, acrescentou, são “dos mais penalizados da Europa” devido às taxas que pagam, ao impacto da Política Agrícola Comum — com a “concorrência desleal” de produtos de outros países com mão-de-obra mais barata — e aos elevados custos com a energia.

André Ventura considerou “irónico” que o executivo tenha anunciado agora um pacote de algumas centenas de milhões de euros para o setor “quando há uns dias não se podia libertar dinheiro para outras coisas”.

“É um Governo que joga sobretudo com a mentira e joga com a hipocrisia”, disse

Várias estradas de acesso à fronteira com Espanha estão hoje bloqueadas por agricultores portugueses com os seus tratores, que aderiram aos protestos realizados também noutros países da Europa, reclamando a valorização do setor e condições justas.

Em causa está uma iniciativa do Movimento Civil de Agricultores, que decorre um dia depois de o Governo ter anunciado um pacote de mais de 400 milhões de euros, destinado a mitigar o impacto provocado pela seca e a reforçar o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC).

Os agricultores começaram os protestos ao início do dia e, segundo a Guarda Nacional Republicana (GNR), pelas 07:30, várias estradas do país estavam condicionadas, entre as quais a A25, na Guarda, com uma concentração de 200 tratores entre o nó de Leomil e Vilar Formoso, que juntou agricultores de toda a Beira Interior.

Últimas de Política Nacional

Cinco deputados sociais-democratas, liderados por Hugo Soares, viajaram até Pequim a convite direto do Partido Comunista Chinês. A deslocação não teve carácter parlamentar e escapou às regras de escrutínio da Assembleia da República.
Saiu do Executivo, passou pelo Parlamento e acaba agora a liderar uma empresa pública com um vencimento superior ao que tinha no Governo. Cristina Vaz Tomé foi escolhida para presidir à Metro de Lisboa e vai ganhar cerca de sete mil euros mensais, com despesas da casa pagas.
O Ministério Público (MP) pediu hoje penas entre os cinco e nove anos de prisão para os ex-presidentes da Câmara de Espinho, Miguel Reis (PS) e Pinto Moreira (PSD), por suspeitas de corrupção no processo Vórtex.
O presidente do CHEGA, André Ventura, anunciou hoje que o seu partido votará contra o novo pacote laboral no parlamento se o Governo não ceder em matérias como o despedimentos e alterações na área da parentalidade.
A mensagem gerou indignação, o caso abalou o ministério e levou a uma demissão, mas o inquérito interno concluiu que não houve infração disciplinar. Nataniel Araújo sai ilibado e continua como chefe de gabinete da Agricultura.
Os vereadores e deputados municipais do CHEGA têm rejeitado a criação da Comunidade Intermunicipal da Península de Setúbal.
Bruxelas paga, Lisboa faz campanha: Ângelo Pereira (PSD) e Ricardo Pais Oliveira (IL) estiveram no terreno eleitoral enquanto recebiam vencimentos do Parlamento Europeu, prática proibida pelas regras comunitárias.
A comissão parlamentar de inquérito (CPI) ao INEM decidiu hoje suspender os trabalhos durante o período de Natal e Ano Novo e na segunda semana de janeiro, devido às eleições presidenciais.
Num mês em que as presidenciais já se travavam mais nos ecrãs do que nas ruas, André Ventura esmagou a concorrência: foi o candidato que mais apareceu, mais falou e mais minutos ocupou nos principais noticiários nacionais.
O Ministério da Saúde voltou a entregar um contrato milionário sem concurso: 492 mil euros atribuídos diretamente ao ex-ministro social-democrata Rui Medeiros, aumentando a lista de adjudicações diretas que colocam a Saúde no centro da polémica.