Estas eleições – em 15 estados e um território – poderão ser decisivas para os dois partidos, especialmente para o Partido Republicano, que escolhe nesta “Super Terça-Feira” (como é designado este dia grande eleitoral) 874 delegados (36%) dos 2.429 que na Convenção de julho vão escolher o candidato para as eleições presidenciais de novembro.
Neste dia votarão os eleitores de 15 estados – Alabama, Alaska, Arkansas, Califórnia, Colorado, Maine, Massachusetts, Minnesota, Carolina do Norte, Oklahoma, Tennessee, Texas, Utah, Vermont, Virgínia – e ainda o território de Samoa Americana.
No Partido Democrata, o atual presidente, Joe Biden, não tem concorrência significativa para esta Super Terça-Feira, esperando-se que volte a vencer com facilidade Dean Phillips e Marianne Williamson, depois de quatro eleições primárias onde já arrecadou 449 delegados, contra nenhum dos outros dois.
No Partido Republicano, o ex-presidente Donald Trump chega à Super Terça-Feira com uma vantagem de 122 delegados (77,2%) contra 24 delegados (15,2%) de Nikki Haley, a ex-embaixadora que persiste em manter-se em campanha, apesar de uma desvantagem que se deve tornar inultrapassável na próxima semana.
Nas mais recentes primárias republicanas, Trump venceu Haley na Carolina do Sul (onde ela tinha sido governadora) com 60% dos votos e no Michigan, com 70% dos votos, mas Haley continua a garantir cerca de um terço dos delegados escolhidos até agora e tem conseguido angariar fundos suficientes para se manter nos boletins de voto.
Haley obteve, no domingo, a primeira vitória nas eleições primárias contra Donald Trump (2017-2021) na capital dos Estados Unidos, Washington DC, com perto de dois terços dos votos.
Esta é uma vitória meramente simbólica, já que Washington DC só tem 16 delegados dos 2.429 que o país tem, mas que chega antes da “Super Terça-Feira”, que pode decidir a escolha dos candidatos presidenciais, sendo cada vez mais provável uma repetição do duelo entre o republicano Donald Trump e o democrata Joe Biden.
Entre os democratas, a preocupação é que os eleitores repitam o comportamento das eleições no Michigan, onde 13% escolheram a opção “não comprometido”, revelando que não apreciam nenhum dos três candidatos, o que pode antecipar dificuldades para as eleições gerais de novembro, onde deverá repetir o duelo contra Trump.