Netanyahu admite que exército matou “sem querer” trabalhadores humanitários

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, admitiu esta terça-feira que o exército israelita matou “sem querer” sete trabalhadores humanitários da organização World Central Kitchen (WCK), nesta madrugada na Faixa de Gaza.

© Facebook de Benjamin Netanyahu

“Infelizmente, no último dia houve um caso trágico em que as nossas forças atingiram involuntariamente pessoas inocentes na Faixa de Gaza“, disse Netanyahu, numa mensagem de agradecimento à equipa de saúde que o operou a uma hérnia no domingo, depois de ter tido alta.

O primeiro-ministro reiterou que o incidente será objeto de uma investigação exaustiva, afirmando que tais coisas “acontecem na guerra”. “Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que não volte a acontecer”, acrescentou.

Antes, o exército israelita tinha anunciado que um organismo militar independente, o Mecanismo de Apuramento de Factos e Investigação, iria investigar o ataque, que levou a ONG a suspender as suas operações na região.

O ataque matou sete trabalhadores da WCK, incluindo três palestinianos e quatro estrangeiros: um britânico, um polaco, um australiano e um cidadão americano-canadiano.

A WCK explicou que um dos seus veículos foi atacado na noite de segunda-feira pelo exército israelita ao passar por Deir al Bala, no centro da Faixa de Gaza, depois de sair de um armazém onde tinham descarregado 100 toneladas de alimentos, num movimento coordenado com as autoridades israelitas.

Isto “não foi apenas um ataque contra a WCK, foi contra as organizações humanitárias que aparecem nas situações mais terríveis, nas quais os alimentos são usados como arma de guerra”, denunciou a diretora executiva, Erin Gore.

Os trabalhadores da WCK estavam no enclave palestiniano em plena missão humanitária, em colaboração com a organização não-humanitária Open Arms, para estabelecer um corredor humanitário marítimo entre o Chipre e Gaza e assim superar os enormes obstáculos impostos por Israel à entrega de ajuda por via terrestre.

Últimas do Mundo

Um menino de dois anos foi esfaqueado mortalmente pelo irmão de seis anos na sua casa, em Joliet, no Estado de Illinois, a sudoeste de Chicago, anunciou hoje a polícia.
A primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, cujo país preside ao G7 este ano, assegurou hoje ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky a centralidade do apoio à Ucrânia no grupo das sete democracias mais poderosas.
A polícia da Indonésia anunciou a detenção de sete pessoas suspeitas de planearem um ataque ao papa durante a visita de Francisco ao país, que terminou na sexta-feira.
O pai do adolescente acusado de abrir fogo numa escola secundária no estado norte-americano da Geórgia (sudeste), e de matar quatro pessoas, foi acusado de permitir que o filho possuísse uma arma, disseram as autoridades.
Quase 1,6 milhões de venezuelanos receberam assistência da ONU, entre janeiro e julho de 2024, através de diferentes organizações locais e internacionais, segundo um relatório divulgado hoje pelo Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA).
O Uruguai decidiu na segunda-feira juntar-se a seis países que pediram ao Tribunal Penal Internacional (TPI) para investigar a alegada responsabilidade do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em crimes contra a humanidade.
O Governo da Nova Zelândia anunciou hoje um aumento de 285% na taxa de entrada de turistas a partir de outubro, um imposto destinado a ajudar a manter os serviços públicos e a preservar o património.
Mais de 25.500 pessoas chegaram às ilhas Canárias desde o início do ano de forma irregular, em embarcações precárias conhecidas como 'pateras', um aumento de 123% em relação a 2023, revelou hoje o Governo de Espanha.
O Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, manifestou-se hoje “horrorizado” com a morte dos seis reféns que estavam em cativeiro na Faixa de Gaza desde outubro de 2023 e pediu um cessar-fogo.
Três polícias israelitas, incluindo uma mulher, foram hoje mortos num “ataque armado” no sul da Cisjordânia ocupada, anunciou o comandante da polícia israelita neste território palestiniano onde o exército israelita conduz uma vasta operação “antiterrorista”.