“O Presidente da República deveria antes pedir respeito pela democracia, pelas eleições”, disse Le Pen numa entrevista ao canal France 2, em reação a uma carta de Macron, publicada segunda-feira na imprensa, em que dizia que os programas do RN e do França Insubmissa (esquerda) conduzem “à guerra civil”.
A líder de direita radical afirmou que se fosse a esquerda a ganhar as eleições de 30 de junho e de 07 de julho não haveria protestos, mas se fosse o seu partido “provavelmente haveria manifestações nas ruas.
“Portanto, é a extrema-esquerda que é responsável”, aumentou.
Todas as sondagens publicadas desde a convocação das eleições dão como claramente vencedor a direita radical que, aliada a alguns membros do partido de direita convencional, Os Republicanos (LR), e em particular ao seu presidente, Éric Ciotti, poderá obter até 36% dos votos na primeira volta.
A nova Frente Popular (FP), que reúne a coligação dos quatro partidos de esquerda, ficaria em segundo lugar, com pouco menos de 30%, enquanto o bloco ‘macronista’ seria relegado para o terceiro lugar, com pouco mais de 20%.
Os serviços secretos estão a antecipar tumultos quando forem conhecidos os resultados da primeira e da segunda volta, como advertiu hoje o prefeito da polícia de Paris, Laurent Nunez, numa entrevista à France Inter.
“Estamos a preparar-nos para este tipo de resposta”, disse Nunez.
Esta questão é objeto de uma reunião organizada hoje pelo ministro do Interior frances, Gérald Darmanin, com os chefes da polícia, da Gendarmerie e dos serviços secretos.