CHEGA quer ouvir novamente Lacerda Sales e pede audição a Costa

O presidente do CHEGA anunciou hoje que vai pedir uma nova audição ao ex-secretário de Estado da Saúde António Lacerda Sales, afirmando que "ficou claro que houve uma ordem" para que a consulta às gémeas luso-brasileiras fosse feita.

© Folha Nacional

André Ventura falava aos jornalistas numa curta pausa dos trabalhos da comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas tratadas em 2020 no Hospital de Santa Maria (Lisboa) com o medicamento Zolgensma.

“O CHEGA decidiu chamar novamente a esta comissão de inquérito Lacerda Sales, depois daquilo que ouvimos hoje, por entendermos que o seu testemunho é flagrantemente contraditado, flagrantemente posto em causa, flagrantemente posto em dúvida”, disse o líder do CHEGA, que vai pedir ainda hoje à comissão, “se necessário potestativamente, para ouvir o ex-governante.

De acordo com André Ventura, a audição da ex-secretária de Lacerda Sales mostrou que “houve uma obra do Estado”.

“Acho que ficou hoje claro com este testemunho como tivemos uma tentativa de encontrar numa funcionária do Estado um bode expiatório para aquilo que foi uma atuação política de primeira linha, irregular e ilegal”, observou.

André Ventura disse ainda que já está decidido pedir “mais esclarecimentos” ao ex-primeiro-ministro António Costa e que vá “diretamente à comissão, fisicamente,” responder aos deputados.

Últimas de Política Nacional

A manifestação do CHEGA contra o que qualificam de imigração descontrolada e insegurança nas ruas, que juntou hoje centenas de pessoas no Porto, contou com André Ventura, que alertou que a imigração cresceu 95% em Portugal nos dois últimos anos.
Os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças aprovaram hoje uma proposta do CHEGA que contempla o reforço dos meios técnicos para a proteção dos cabos submarinos de telecomunicações.
Para André Ventura, o “PS e PSD estão mais preocupados em aumentar os salários dos políticos do que subir as pensões dos portugueses”, frisando que se trata de um “Orçamento do bloco central”.
O prazo para a submissão de propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) terminou na passada sexta-feira, com o CHEGA a apresentar 620 - o maior número de propostas.
“Num país em que tantos sofrem por salários e pensões miseráveis, os políticos têm de acompanhar o povo.” É desta forma que André Ventura começa por apontar o dedo ao PSD/CDS que está a propor acabar com o corte aos titulares de cargos políticos de 5%, no âmbito do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).
O presidente do CHEGA defendeu hoje que o Governo está a adotar medidas redundantes e a fazer uma "fuga para a frente" para responder à crise no INEM, considerando que as soluções apresentadas não trazem "nada de novo".
Bárbara Fernandes exigiu também a “suspensão imediata do responsável máximo do Departamento de Urbanismo.”
O CHEGA vai abster-se na votação da proposta do PS para aumentar as pensões em 1,25 pontos percentuais, além da atualização prevista na lei, permitindo a sua aprovação se os partidos da esquerda votarem a favor.
O Governo anunciou que o saldo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para 2025 ia ser positivo, mas fez mal as contas. Após uma revisão das projeções, o executivo admitiu que o SNS vai, afinal, apresentar um défice no próximo ano, num valor que ultrapassa os 217 milhões de euro
O presidente do CHEGA, André Ventura, desafiou esta terça-feira o primeiro-ministro a apresentar na Assembleia da República uma moção de confiança ao seu Governo, mas afastou a possibilidade de apresentar uma moção de censura.