Espanha declara Valência zona de catástrofe, 10.600 milhões para primeiras ajudas

O Governo de Espanha declarou hoje "zona de catástrofe" a região de Valência e aprovou um primeiro pacote de 10.600 milhões de euros em ajudas às populações e empresas afetadas pelas inundações, disse o primeiro-ministro, Pedro Sánchez.

© LUSA/BIEL ALINO

A declaração formal de zona de catástrofe foi aprovada pelo Conselho de Ministros de Espanha e permitirá agilizar procedimentos e desbloquear fundos para responder ao impacto das inundações da terça-feira passada e assegurar a reconstrução, afirmou o primeiro-ministro, numa conferência de imprensa em Madrid.

Sánchez revelou que o Conselho de Ministros aprovou hoje já um primeiro pacote de ajudas no valor de 10.600 milhões de euros a famílias, empresas e autoridades locais, que são “apenas o começo” de um plano de resposta imediata e reconstrução da região de Valência, afirmando que estão a ser seguidos procedimentos semelhantes aos que foram adotados durante a pandemia da covid-19.Espanha iniciou já também os procedimentos para ativar o fundo de solidariedade da União Europeia e pediu a aprovação urgente no Parlamento Europeu de uma alteração aos regulamentos dos fundos de coesão, para os poder reprogramar e destinar à zona afetada pelas inundações, por estarem em causa um desastre natural.

Sánchez disse que estão na região de Valência perto de 15 mil militares e elementos das forças de segurança do Estado, mas que continua a haver “carências severas” entre a população e “desaparecidos por localizar”.

As inundações no leste de Espanha, na terça-feira da semana passada, causaram pelo menos 217 mortos, segundo os balanços mais recentes das autoridades locais e nacionais.

Últimas do Mundo

A região espanhola de Valência foi colocada hoje sob alerta vermelho, enquanto novas tempestades em Málaga (sul) obrigaram cerca de 3.000 pessoas a abandonar as suas casas, além de causarem o encerramento de escolas e o cancelamento de comboios.
O homem de 62 anos que matou 35 pessoas no sul da China, ao conduzir deliberadamente contra uma multidão, "estava revoltado" com um acordo de divórcio, disse a polícia na terça-feira.
Portugal vai enviar hoje uma força conjunta de proteção civil e forças armadas com mais de 100 operacionais para ajudar nas operações que decorrem em Valência, Espanha, após as inundações de há duas semanas.
O governo regional da Comunidade Valenciana, em Espanha, pediu hoje meios ao resto do país para desobstruir de lodo e água a rede de saneamento e evitar "problemas graves de saúde pública", após as inundações de 29 de outubro.
Um movimento judaico internacional de direita convocou hoje uma manifestação antissemitismo para quarta-feira, em Paris, véspera do jogo de França contra Israel, ao qual o presidente francês vai assistir, mas que Telavive pede que os israelitas evitem.
O grupo dinamarquês Maersk Denver assegurou hoje que a carga do navio que atracou em Lisboa e que alegadamente tem um histórico de transporte de armas para Israel é legal e não inclui armas ou munições miliares.
Um grupo de manifestantes entrou em confronto com a Polícia Nacional no centro de Valência, no protesto contra a “gestão caótica” das cheias que, na semana passada, causaram mais de 220 mortes naquela cidade espanhola.
As inundações no Sudão do Sul afetaram 1,4 milhões de pessoas e forçaram o deslocamento de mais de 379.000, anunciou o Gabinete das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários (Ocha, na sigla inglesa).
Mais de dez dias após as inundações que causaram mais de 220 mortos em Espanha, mantêm-se as queixas sobre falhas nos avisos e assistência às populações, com o maior alvo a ser, para já, o governo regional valenciano.
O Departamento de Justiça dos EUA avançou hoje com acusações criminais numa conspiração iraniana frustrada para matar o Presidente eleito, Donald Trump, antes das eleições desta semana.