EUA aplaudem vontade dos europeus de defenderem o seu continente

Os EUA saudaram hoje uma iniciativa europeia para "assumir a liderança em matéria de segurança" no continente, após uma reunião no domingo entre os principais líderes da região e o Canadá, para discutir a guerra na Ucrânia.

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“Saudamos os europeus por assumirem a liderança na sua segurança”, disse o conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz, em declarações aos jornalistas à porta da Casa Branca.

Waltz sublinhou a vontade demonstrada neste sentido por líderes como o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, ambos figuras que foram recentemente recebidas na Casa Branca.

“Acolhemos com satisfação o passo em frente da Europa”, disse o conselheiro, acrescentando que o país deve também investir nas suas capacidades de defesa para tornar esse plano eficaz.

Waltz aproveitou ainda para criticar o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pelo incidente ocorrido na sexta-feira na Casa Branca, onde teve uma discussão acesa com o Presidente dos EUA, Donald Trump.

O conselheiro do Presidente norte-americano explicou que, antes da reunião em Washington, a Europa já planeava aumentar a ajuda a Kiev, pelo que Zelensky poderia ter obtido garantias económicas nesse fim de semana que teriam beneficiado não só a Ucrânia, mas “o mundo, durante uma geração”.

Numa entrevista à cadeia televisiva Fox News, Waltz questionou ainda se o Presidente ucraniano é a pessoa certa para negociar com os Estados Unidos, depois do que aconteceu na Sala Oval na sexta-feira.

“O tempo não está do lado dele para continuar este conflito para sempre. A paciência do povo norte-americano não é ilimitada. Os seus bolsos não são ilimitados, e as nossas reservas e munições não são ilimitadas”, avisou o conselheiro da Casa Branca.

Waltz salientou que “agora é o momento de conversar” e que o que aconteceu na sexta-feira na Casa Branca levanta dúvidas sobre a capacidade política e pessoal de Zelensky, não só para negociar com os Estados Unidos, mas também para conduzir a Ucrânia para a paz.

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