Manu: um Herói num “país seguro”

“Enquanto que a população nacional pode permanecer em casa dos pais mais uns anos, quem chega necessita de um espaço para habitar.”

(Pedro Góis, director científico do Observatório das Migrações, nomeado pelo governo da AD)

Ao Observador, Pedro Góis, líder de um dos muitos observatórios pagos com o erário público e de duvidosa utilidade, em alusão ao problema da habitação, mandou os jovens lusos às urtigas. Se querem ser felizes, ter casa própria e constituir família, mais vale emigrarem, julgará quiçá o douto sociólogo. Revoltante.

Tudo isto é ainda mais perverso num mês em que descobrimos que no final de 2024 já existiam oficialmente (!) quase 1 milhão e seiscentos mil imigrantes em Portugal (na sua maioria extra-europeus), uma população que quadriplicou desde 2017, sem contabilizar os estrangeiros transformados em nacionais de jure, ao abrigo das aberrantes alterações à Lei da Nacionalidade aprovadas durante a governação de António Costa com a «Geringonça» (PS+BE+PCP).

No dia 12 de Abril, na madrugada do dia em que na cidade de Braga, um iraquiano esfaqueou um chefe-supervisor da PSP, à saída do Comando Distrital de Braga, após ter apedrejado o para-brisas de um carro-patrulha e os vidros de uma janela das instalações policiais, um rapaz de 19 anos, Manuel Gonçalves, comummente conhecido por “Manu”, foi brutalmente assassinado por Mateus Marley Machado, imigrante do Brasil com cadastro nos EUA.

Num gesto de grande bravura, o jovem defendeu um grupo de raparigas de potenciais agressores: um grupo de brasileiros que tentavam drogá-las com o provável intuito de as violar. A nobreza de carácter valeu-lhe duas facadas fatais. Um miúdo comum, que como tantos outros da sua idade, saiu simplesmente para beber um copo num bar académico, acabou esvaído em sangue numa valeta – o vídeo que circulou nos sites de redes sociais é arrepiante.

Uma actividade corriqueira com um desenlace atroz, num país que os experts em estatística, os “cientistas sociais” e os governantes, dizem ser “um dos mais seguros do mundo”. “Manu” não pediu para ser herói nem mártir, só queria conviver com os amigos, mas a sua rectidão, vitimou-o às mãos de quem vem para “nos pagar as reformas”. Morreu por fazer aquilo que devia ser normal: proteger os outros. Que a tragédia ao menos sirva para mudar mentalidades e salvar outros rapazes e raparigas, de mortes e violações. O negacionismo imigratório mata.

Não obstante, assistimos a um silêncio ensurdecedor por parte de políticos e meios de comunicação social, pelo malogrado jovem não caber na narrativa «opressores / oprimidos» vigente, ao passo que Marley, pelo contrário, encaixa nos alóctones segregados de que os “país precisa para que a economia não pare e a segurança social não colapse”, mesmo tratando-se de um gangster, condenado a dois anos de prisão efectiva por assaltos à mão armada nos Estados Unidos. Marcelo Rebelo de Sousa, que tão prontamente aparece para tudo e para nada, demorou seis dias a reagir ao homicídio de Manuel Gonçalves.

Manuel teve o azar de nascer português e não se chamar Odair, nem morar no Bairro da Jamaica ou na Cova da Moura, e não foi assim beneficiário de homenagens ou manifestações solidárias, à excepção da vigília do CHEGA na «Cidade dos Arcebispos».

Enquanto o Portugal real acorda assustado e anseia pelo total fechamento da barragem migratória e o início da deportação de estrangeiros que cometam crimes, como primeiro passo, há uma minoria ruidosa – sicários de lobbies económicos sectoriais para quem o excesso de mão-de-obra compensa, que persiste na negação daquilo que os nossos olhos veem.

São os políticos do centro-direita à esquerda sem fronteiras e os jornalistas, coadjuvados por aquilo que Alain de Benoist cunhou como a global middle class – cidadãos do mundo portadores de uma cultura de «livros de aeroporto» e de um humanismo terceiro-mundista. Acreditando na eficácia da mentira infinitamente repetida, vão balbuciando do alto do seu snobismo que “não existe correlação entre o aumento da imigração e o da criminalidade”, conotando quem os contradiz como perigosos «terraplanistas» da extrema-direita populista, retrógrada, xenófoba.

Mas Manuel Gonçalves não pertencia a nenhuma dessas castas privilegiadas, era um rapaz comum, que sonhava ser polícia, perecendo ironicamente a salvar o próximo. E se a justiça tarda e falha, divulgar a verdade é um dever de consciência.

Que os pais e todos os portugueses de bom coração, ajudem este novo Herói a «libertar-se da lei da morte», cantando a sua coragem – preciosa num tempo morno, e, denunciando os autores morais que atolaram de forma criminosa a nossa Pátria no pântano multicultural em que outras já haviam mergulhado. Tenhamos esse engenho, tenhamos essa arte.

Descansa em Paz Manu, Herói Português!

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