Os jovens cientistas participaram na competição com o projeto “Monitorização da população de pega-rabuda (Pica pica) na cidade Reguengos de Monsaraz enquanto dormitório da espécie (2022-2025)” e foram premiados na categoria das Ciências Biológicas.
Além desta distinção, alunos portugueses receberam o prémio que garante o acesso à “Ciência Jovem”, uma das maiores feiras de ciências do Brasil, realizada em Pernambuco.
Os três estudantes do Agrupamento de Escolas de Reguengos de Monsaraz – Alexandre Reis, Filipe Góis, e Pilar Silva – foram selecionados para representar Portugal neste certame após a vitória do Concurso Nacional para Jovens Cientistas e Investigadores 2025, organizado pela Fundação da Juventude.
Com a coordenação do professor Pedro Grilo, o grupo desenvolveu um projeto sobre a pega-rabuda, o único corvídeo de plumagem preta e branca em Portugal.
A monitorização realizada em Reguengos de Monsaraz, no distrito de Évora, revelou “a maior concentração de pega-rabuda registada no país, com mais de 1.000 indivíduos”, uma descoberta que “abre potencial para o desenvolvimento do turismo ornitológico local, uma vez que esta espécie tem um papel importante nos ecossistemas, como funções como a limpeza de carcaças e a dispersão de bolotas”, pode ler-se no comunicada da Fundação da Juventude.
A 9.ª edição da MOSCITEC, cuja representação nacional é da responsabilidade da Fundação da Juventude, juntou cerca de 500 projetos de mais de 2.000 jovens cientistas, desde a educação infantil até ao ensino pós-médio, na Escola Municipal de Educação Básica Doutor Liberato Salzano Vieira da Cunha, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
A Fundação da Juventude organiza, desde 1992, o Concurso Nacional para Jovens Cientistas e Investigadores, uma das principais iniciativas de ciência em Portugal. Destinado a jovens entre os 15 e os 20 anos, estudantes do ensino secundário e superior (no primeiro ano) com projetos científicos e de investigação, desenvolvidos no âmbito escolar, o Concurso Nacional para Jovens Cientistas e Investigadores distingue os melhores e mais promissores projetos apresentados.
Além dos prémios monetários, a Fundação da Juventude seleciona projetos para representar Portugal e participar – com todas as despesas pagas – em algumas das principais feiras e concursos de ciência de todo o mundo, como é o caso do EUCYS, na Europa, a CASTIC na China ou a ISEF nos Estados Unidos da América.
As delegações portuguesas enviadas às várias mostras de ciência jovem do mundo têm conseguido frequentemente distinções.
Esta semana, o projeto “Observational constraints on vector-like dark Energy” (Restrições observacionais na energia escura vetorial, em português), desenvolvido pela aluna portuense Carolina Coelho, venceu a medalha de prata no EUCYS – EU Contest for Young Scientists, organizado pela Comissão Europeia.