Ventura acusa CEO da TAP de má gestão e fala em “bordel de indemnizações”

“A razão pela qual está aqui hoje é um conjunto de trapalhadas que tem envergonhado os portugueses e que tem usado, ao desbarato, o dinheiro dos contribuintes em indemnizações, gastos supérfluos e, acima de tudo, má gestão”.

Foi desta forma que André Ventura iniciou o seu conjunto de perguntas à CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, que foi ouvida, esta quarta-feira, no Parlamento, na sequência de um requerimento de carácter obrigatório apresentado pelo CHEGA, isto depois de o PS ter recusado a audição da CEO da TAP num primeiro momento.

Para o Presidente do CHEGA é inadmissível a forma como o dinheiro dos portugueses, “que lhe [à CEO da TAP] paga o salário e que é injetado na TAP” esteja às mãos de uma “má gestão” como a que tem sido feita na companhia, como se viu com o pagamento de uma indemnização milionária a Alexandra Reis.

E, nesta senda, André Ventura perguntou claramente a Christine Ourmières-Widener “quais foram as razões que levaram à saída de Alexandra Reis” da TAP. Na resposta, a CEO da TAP limitou-se a dizer existiam “divergências na implementação do plano de reestruturação”, sublinhando que “na equipa executiva, é crucial haver um alinhamento relativamente à implementação do plano”.

“Essa foi a única razão para a saída de Alexandra Reis da companhia aérea”, rematou.

O Presidente do CHEGA questionou ainda “se houve ou não mais casos, na companhia aérea, de indemnizações como a que foi paga a Alexandre Reis”, considerando que, face aos factos que são conhecidos, a “TAP é uma espécie de bordel de indemnizações”.

Na resposta, Christine Ourmières-Widener garantiu não ter conhecimento de pagamentos de outras indemnizações de valores avultados e assegurou, após nova questão de André Ventura, que esteve em contacto, “desde o início”, com o então secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Mendes.

“Eu obtive a aprovação [para o pagamento da indemnização a Alexandra Reis] através do secretário de Estado das Infraestruturas. Eu assumi, tendo em conta a forma como trabalhamos em conjunto, que o acordo [para a indemnização] com o secretário de Estado foi feito com a concordância do Ministério das Finanças”, apontou.

O Presidente do CHEGA perguntou ainda se Christine Ourmières-Widener compreendia a indignação dos portugueses e foi perentório: “Se não tiver respostas para nos dar, está na hora de deixar de ser a CEO da TAP”.

Últimas de Política Nacional

O líder do CHEGA acusou hoje o Governo de incompetência na gestão da saúde e considerou que os utentes não podem ser sujeitos a esperar 18 horas numa urgência, e o primeiro-ministro reconheceu constrangimentos e antecipou que poderão repetir-se.
A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMMT) decidiu abrir os cofres e fechar a transparência.
André Ventura reafirmou que pretende usar a Presidência da República como ponto de partida para uma mudança profunda no país.
As escutas da Operação Influencer abalaram o PS, expondo alegadas pressões, favores e redes internas de ‘cunhas’ que colocam Carneiro no centro da polémica e voltam a arrastar Costa para a controvérsia.
O Governo carrega no ISP e trava a fundo na queda que estava prevista no preço dos combustíveis. A promessa estala, a confiança vacila e Montenegro enfrenta a primeira fissura séria na sua credibilidade fiscal.
Catarina Martins voltou a dirigir insultos contundentes a André Ventura, acusando-o de ser “um bully político” que se comporta “como se estivesse no recreio da escola”.
Luís Marques Mendes está no centro de uma nova polémica depois de, no debate presidencial, ter afirmado que o CHEGA “passa a vida a ter propostas inconstitucionais, como a pena de morte”, uma falsidade evidente.
A estrutura concelhia do CHEGA em Vila Nova de Famalicão refere que o vereador do partido vai levar à reunião de Câmara uma proposta para tornar gratuito o estacionamento público no centro da cidade entre 13 de dezembro e 6 de janeiro.
O Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol) pediu hoje a demissão da ministra da Administração Interna, considerando que Maria Lúcia Amaral é "incapaz de assegurar a estabilidade" das polícias, e alertou para "protestos massivos" como os de 2024.
Uma petição que exige o fim da atribuição de dinheiros públicos para a construção de mesquitas tornou-se viral e já reúne milhares de assinaturas, dias depois da proposta do CHEGA com o mesmo objetivo ter sido chumbada no Parlamento.