CHEGA/Convenção: Ventura quer liderar oposição já nas próximas legislativas

O presidente do CHEGA, André Ventura, colocou hoje como fasquia para as próximas eleições legislativas ultrapassar o PSD e liderar a oposição, considerando ser possível quebar o ciclo do bipartidarismo.

“Lutaremos para liderar a oposição em Portugal”, afirmou o líder do CHEGA no seu discurso no arranque da V Convenção Nacional, que decorre até domingo em Santarém.

André Ventura, que é recandidato único à liderança do partido, afirmou que “há quem diga que é impossível quebrar o bipartidarismo, que é impossível quebar o ciclo PS e PSD”.

“Mas não estaríamos aqui se não acreditássemos que era possível”, salientou.

Defendendo que o CHEGA “nasceu e tem uma vocação estrita para governar Portugal”, Ventura disse não poder prometer vencer as próximas eleições legislativas, mas prometeu “lutar para lá chegar”.

“Eu acredito que, se estamos nos 15% [das intenções de voto nas sondagens], podemos chegar aos 20% e talvez Deus e o destino nos deem a sorte e o trabalho de chegar aos 30% e de podermos dar uma volta a este país”, acentuou.

Ventura destacou que em quatro anos de vida o partido chegou a terceira força política, e classificou o CHEGA como “um dos maiores fenómenos políticos da Europa moderna”.

Últimas de Política Nacional

Cinco deputados sociais-democratas, liderados por Hugo Soares, viajaram até Pequim a convite direto do Partido Comunista Chinês. A deslocação não teve carácter parlamentar e escapou às regras de escrutínio da Assembleia da República.
Saiu do Executivo, passou pelo Parlamento e acaba agora a liderar uma empresa pública com um vencimento superior ao que tinha no Governo. Cristina Vaz Tomé foi escolhida para presidir à Metro de Lisboa e vai ganhar cerca de sete mil euros mensais, com despesas da casa pagas.
O Ministério Público (MP) pediu hoje penas entre os cinco e nove anos de prisão para os ex-presidentes da Câmara de Espinho, Miguel Reis (PS) e Pinto Moreira (PSD), por suspeitas de corrupção no processo Vórtex.
O presidente do CHEGA, André Ventura, anunciou hoje que o seu partido votará contra o novo pacote laboral no parlamento se o Governo não ceder em matérias como o despedimentos e alterações na área da parentalidade.
A mensagem gerou indignação, o caso abalou o ministério e levou a uma demissão, mas o inquérito interno concluiu que não houve infração disciplinar. Nataniel Araújo sai ilibado e continua como chefe de gabinete da Agricultura.
Os vereadores e deputados municipais do CHEGA têm rejeitado a criação da Comunidade Intermunicipal da Península de Setúbal.
Bruxelas paga, Lisboa faz campanha: Ângelo Pereira (PSD) e Ricardo Pais Oliveira (IL) estiveram no terreno eleitoral enquanto recebiam vencimentos do Parlamento Europeu, prática proibida pelas regras comunitárias.
A comissão parlamentar de inquérito (CPI) ao INEM decidiu hoje suspender os trabalhos durante o período de Natal e Ano Novo e na segunda semana de janeiro, devido às eleições presidenciais.
Num mês em que as presidenciais já se travavam mais nos ecrãs do que nas ruas, André Ventura esmagou a concorrência: foi o candidato que mais apareceu, mais falou e mais minutos ocupou nos principais noticiários nacionais.
O Ministério da Saúde voltou a entregar um contrato milionário sem concurso: 492 mil euros atribuídos diretamente ao ex-ministro social-democrata Rui Medeiros, aumentando a lista de adjudicações diretas que colocam a Saúde no centro da polémica.