Ventura pede a Montenegro que apresente moção de censura ao Governo

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O presidente do CHEGA  apelou hoje ao líder do PSD que apresente uma moção de censura ao Governo, considerando que existe uma “degradação permanente e evidente das instituições” e que se chegou a um “grau zero da política”.

Este apelo foi deixado por André Ventura em conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa, uma vez que o Regimento da Assembleia da República estabelece que se uma moção de censura não for aprovada, os seus signatários não poderão apresentar outra na mesma sessão legislativa – e tanto o CHEGA como a Iniciativa Liberal já o fizeram na atual sessão.

“Apelo a Luís Montenegro que apresente com urgência uma moção de censura ao Governo de António Costa, ficando aqui registado o compromisso do CHEGA de que se o PSD não o fizer, a apresentaremos nos primeiros dias de setembro [início da próxima sessão legislativa]”, assegurou.

Já quanto à capacidade dos partidos da direita oferecerem uma alternativa à atual governação, Ventura respondeu: “Há sempre alternativa, e o medo de qualquer alternativa que não gostamos é sempre melhor do que o pântano das instituições e da corrupção degradada a que estamos a assistir”.

O líder do CHEGA comentava as declarações feitas hoje de manhã à Lusa pelo primeiro-ministro, António Costa, que considerou gravíssimo o e-mail que o ex-secretário de Estado Hugo Mendes enviou à presidente executiva da TAP a sugerir o adiamento de uma viagem do avião onde seguiria o chefe de Estado, e afirmou que a situação teria levado à demissão imediata do secretário de Estado.

“Estamos no grau zero da política, da confiança das instituições e no grau zero da estabilidade. Em condições normais, este Governo já teria sido demitido pelo Presidente da República”, afirmou.

Na opinião de Ventura, apenas Marcelo Rebelo de Sousa pode “pôr fim” a esta situação, cabendo ao parlamento dizer ao Presidente “que acha que esse é o caminho certo”.

“Enquanto só o CHEGA e a Iniciativa Liberal andarem a dizer que este é o caminho certo, e o PSD andar metade de um lado e metade do outro, o Presidente sentirá sempre que o chão está a tremer e que o chão não está muito estável. O desafio que eu faço aqui é: vamos mostrar que o chão está estável à direita”, desafiou.

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