A Toutinegra

© Folha Nacional

“Encontra-se em geral solitária. Desloca-se em curtos voos. A sua voz é áspera porém agradável, intercalando um chilreio com uma melodia variável”.

Não confundir porém com uma linhagem secundária, lateral com cabeça um pouco vermelha que é o macho “Montenegro”. Esta linhagem em evolução Darwiniana, em sintonia com o meio ambiente político, caracteriza-se pela absorção de comportamentos tendenciosos, sendo muito sensível ao chilrear das outras aves, algumas de rapina, que tem necessidade de se diferenciar, porém assimilando alguns dos seus comportamento ultrapassados de rejeição política, faz parte do momento e fica bem na fotografia política de esquerda. Reminiscências do já longínquo abril, ou do “és dos nossos ou é contra nós”. Sem a evolução para a democracia, ainda se digna lutar pelo governo nacional, pela rejeição e não pela inclusão de todos os democratas, sérios ecom convicções e determinações apoiadas por eleição democrática desta luta Chega. Chega de corrupção, chega de compadrio, chega de esquerda, seja ela honesta ou desonesta, Chega.

Uma das outras caraterísticas é que “raramente voam grandes distâncias,deslocando-se quase sempre entre os ramos baixos de arbustos em grande atividade”. Permitindo assim voando em pequenas distâncias se ir afastando  de outra ave rara já em extinção, por falta de evolução e adaptação ao meio de ambiente político, uma tal ave de arribação,que mais parecia um Guarda-Rios, não tendo nunca abandonado a segurança das margens, ou limites que pensava lhe assegurariam a lenta evolução e resguardo das aves de rapina. O “Rapinus Costa” que o canibalizaram, definharam e levaram ao abandono da luta de diferenciação política.Para evitar esta canibalização, eis que surge, a evolução Montenegro, uma ave mais habituada a lutas, identitárias e de instinto mais apurado, voando em linha com os seus interesses e objetivos, de acordo com um plano de voo adequado aos temporais que se adivinham.Não abdicando de certos limites e impondo algumas linhas de sustentação de voo, consegue levantar voo numa das pistas alternativas do aeroporto político que se avizinha. Fora da pista de Rio, mantendo uma pista alternativa do partido, pavimentando a  mesma pista para lhe dar um ar de diferente mas claro não perdendo as raízes dos limites e dentro da pista com a ajuda do Chega, Não e Não.

Fica-lhe bem esta orientação, pois faz parte de uma identidade de género político definido com limites, na asa direita, mas com abertura na asa esquerda, para a passagem da mensagem nas TVs, rádios e outros órgãos de comunicação com a torre de controle. Segundo a meteorologia de voo e seu plano, tem conseguido ainda sem deslocar, com quase 30% da pista à sua disposição. Com o desgaste da pista socialista por cada dia, mais um buraco, fica com a sensação de a pista principal ser só sua. Como a democracia portuguesa permite mais de duas pistas, sente já que há mais que a sua pista e a do seu adversário para poder levantar voo em segurança na pista alternativa da Pista Secundária Dois. Mas e em simultâneo a estas duas pistas, está em construção acelerada uma terceira pista, ainda não reconhecida pelos dois principais aviões, mas que cada vez está mais ao nível de outras pistas que permitem voos de grande escala e cada vez mais úteis na Europa e no país como via válida para as intempéries e furacões políticos que se estão a formar no horizonte nacional. Ou seja, com as alterações climáticas e com a evolução dos passageiros, temos que mesmo por negação, ter de aceitar mais que uma via, uma pista para ter sucesso de alternativa segura para levantar voo. Alguém vai terde aceitar, por necessidade ou alternativa, uma terceira via. Mais exigente e mais fora do sistema de duas vias atualmente em funcionamento, tem de ser equacionada a sua válida utilização para suportar alguns outros voos que sozinhos já não respondem à procura atual e futura.

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