Três de sete arguidos acusados de dezenas de assaltos a lares no norte e centro do país foram condenados pelo Tribunal de Loures a penas de prisão entre os oito e os 16 anos, revelou hoje fonte judicial.
O principal arguido no processo, José Freitas, de 54 anos, considerado o líder do grupo e que era conhecido pela alcunha “Poeta”, foi condenado a uma pena de 16 anos de prisão efetiva.
Outros dois arguidos, José Rodrigues e Diogo Coelho, que juntamente com o “Poeta” constituíam o núcleo principal do grupo, foram condenados, respetivamente, a dez anos e seis meses e a oito anos de prisão efetiva.
Estes três arguidos já estavam em prisão preventiva.
Na leitura do acórdão, na quarta-feira, o Tribunal de Loures condenou ainda o arguido Hélder Rodrigues a um ano de prisão efetiva e a arguida Susana Faria a cinco anos de prisão, com pena suspensa.
Segundo o advogado Luís Esteves, que defendeu Susana Faria no julgamento, esta arguida beneficiou do facto de não ter antecedentes criminais e de estar socialmente integrada.
Os outros dois arguidos no processo, Jerfesson Duarte e Sofia Cruz, foram absolvidos.
O Tribunal de Loures deixou cair a acusação do Ministério Público de associação criminosa para todos os arguidos, considerando que não foi provada, mas manteve as outras acusações pela prática de crimes de burla informática e furto, alguns apenas na forma tentada, entre outros.
No período compreendido entre abril e novembro de 2021, o grupo liderado pelo “Poeta” – que conheceu os outros dois arguidos do núcleo principal na prisão de Paços de Ferreira -, efetuou vários assaltos a cofres de secretarias de lares de idosos, onde se encontravam pertences em ouro de utentes, assim como dinheiro em numerário.
O grupo terá realizado mais de 20 assaltos, em Manteigas, Oliveira do Hospital, Miranda do Corvo, Tondela, Condeixa-a-Nova, Viana do Castelo e Oleiros.