Pedro Nuno Santos rejeita interferência política na gestão da companhia

© Folha Nacional

O ex-ministro Pedro Nuno Santos rejeitou hoje que tenha havido interferência política na TAP, considerando que as audições na comissão de inquérito o comprovam, reiterando que os governantes “não se comportam como gestores”.

“Ao longo destas dezenas de audições, o que se consegue comprovar […] é que não há interferência na gestão corrente da TAP”, afirmou o ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação, que está a ser ouvido na comissão parlamentar de inquérito à companhia aérea.

Pedro Nuno Santos, que está pela segunda vez no espaço de poucos dias a ser ouvido no parlamento sobre a TAP, apontou uma “exceção que confirma a regra”, em relação à polémica em torno da substituição da frota automóvel da companhia aérea, em que o Governo, “provavelmente errado”, pediu à empresa para pensar numa alternativa, tendo em conta a dimensão política que o caso ganhou.

“Eu não percebo de aviação e sabia que no dia em que começasse a dar instruções na gestão da empresa as coisas iam correr mal”, sublinhou o ex-governante que se demitiu na sequência da polémica indemnização de 500.000 euros paga à ex-administradora da companhia Alexandra Reis.

Pedro Nuno Santos recordou as declarações da ex-presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, sobre ter sentido pressão política enquanto esteve em funções, mas apontou que a gestora, “em nenhum momento”, se referia a si.

O ex-ministro leu excertos de intervenções passadas no parlamento em que afirmou: “O Estado comporta-se como acionista e os ministros não se comportam como gestores”.

Pedro Nuno Santos assumiu ter responsabilidades na perceção de interferência na empresa, “que não corresponde à realidade”, pela forma como se entregou a este tema e pela defesa da empresa no seu “estilo” e “registo”.

“Entreguei-me de corpo e alma ao dossiê da TAP, […] eu queria que as coisas corressem bem, dei a cara, dei o corpo às balas, entreguei-me pela empresa, mas sabia que a melhor forma para coisas correrem bem era não me meter na gestão”, referiu.

Últimas do País

O presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) anunciou hoje que o regulador vai analisar contratos de seguros de proteção ao crédito, onde vê sinais de “algum desequilíbrio” na relação contratual com os clientes.
O casal acusado de triplo homicídio em Donai, no concelho Bragança, em julho de 2022 foi hoje condenado a 25 anos de prisão e ao pagamento de uma indemnização à família das vítimas de 225 mil euros.
Um casal foi condenado a dois anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução, por enviar mensagens de telemóveis falsas a cobrar supostas dívidas em nome da EDP, revelou hoje a Procuradoria-Geral Regional do Porto.
“Vocês não respeitam nada. Uma cambada de racistas, um gangue de racistas.” Ataques e insultos dirigidos a líder parlamentar e deputados do CHEGA levaram comandante a intervir e a chamar a polícia.
A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição avisa: prepare a carteira. Carne, peixe, fruta e legumes poderão subir até 7% já no próximo ano. Custos de produção disparam, exigências europeias apertam e o retalho admite que, apesar dos esforços, não vai conseguir travar totalmente os aumentos.
O número de livros impressos editados em 2024 caiu 14,3% para um total de 11.615 e o preço aumentou 2,6% face a 2023, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os doentes classificados como urgentes no hospital Amadora-Sintra enfrentam hoje de manhã tempos de espera de cerca de 12 horas para a primeira observação, segundo dados do portal do SNS.
A direção-executiva do SNS está hoje reunida com a ULS Amadora-Sintra para procurar soluções para reduzir os tempos de espera nas urgências neste hospital, que classificou como “o principal problema” do SNS neste momento.
A CP informou hoje que se preveem “perturbações na circulação de comboios” na quinta-feira e “possíveis impactos” na quarta e sexta-feira devido à greve geral convocada para dia 11 de dezembro.
Só no último ano letivo, chegaram às escolas mais 31 mil alunos estrangeiros, um salto de 22% que está a transformar por completo o mapa demográfico do ensino em Portugal.