CHEGA vai propor comissão de inquérito à tutela da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

©️ Partido CHEGA

O CHEGA vai propor a constituição de uma comissão de inquérito à tutela da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e chamar a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social ao parlamento sobre as alegadas irregularidades nas contas.

Em conferência de imprensa, o presidente do CHEGA anunciou que o partido vai propor “chamar de urgência a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social ao parlamento para explicar a não homologação nas contas da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e explicar que irregularidades e ilegalidades estão em causa”, bem como que suspeitas motivaram o pedido de uma auditoria.

Falando aos jornalistas na sede do partido, em Lisboa, André Ventura anunciou também que o CHEGA vai propor a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito, pedido que dará entrada ainda nesta sessão legislativa mas será debatido e votado na próxima, a partir de setembro.

O líder do CHEGA indicou também que o partido “tem vindo, desde janeiro, a reunir informação relevante no âmbito da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa” porque “nos últimos meses e anos foram várias as suspeitas à volta da gestão da Santa Casa da Misericórdia e também da sua tutela política”.

André Ventura falou concretamente em “apoios suspeitos à Fundação Ricardo Espírito Santo e à associação Raríssimas, múltiplas diligências da Política Judiciária e do Ministério Público, com suspeitas de desvio de fundos ou de gestão danosa ou em proveito próprio” e ainda o “caso muito suspeito e pouco claro da alegada venda da participação de 55% do Hospital da Cruz Vermelha”.

O líder do CHEGA indicou também que “não se trata de suspeitas sobre o atual provedor, sobre a atual gestão, a atual ministra ou a atual orientação”, pelo que vai abordar com outros partidos a questão do horizonte temporal da proposta de inquérito antes de a apresentar no parlamento.

No domingo, Luís Marques Mendes afirmou, no seu espaço de comentário na SIC, que a ministra Ana Mendes Godinho solicitou uma auditoria externa à Santa Casa por suspeitas de ilegalidades, pedido entretanto confirmado pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

De acordo fonte do gabinete da ministra, estão atualmente a decorrer dois processos distintos, por um lado a reavaliação dos Relatórios de Gestão e Contas da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) relativos aos anos de 2021 e 2022, e, por outro, uma “avaliação externa e independente à Santa Casa Global, no âmbito do processo de internacionalização de jogos”.

Os dois processos surgem “na sequência da tomada de posse da nova Mesa da SCML”, refere a mesma fonte.

A reavaliação dos Relatórios de Gestão e Contas de 2021 e 2022 surge depois da “avaliação profunda” pedida pelo ministério para homologar as contas da instituição, e da qual a ministra deu conta em abril numa audição no Parlamento.

Fonte do MTSSS explicou que depois de concluída essa “avaliação profunda”, foi pedida à SCML uma reavaliação das contas dos anos de 2021 e 2022, o que está a decorrer.

Últimas de Política Nacional

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) indeferiu hoje o pedido de recusa apresentado pelo antigo primeiro-ministro José Sócrates visando declarações do Procurador-Geral da República (PGR), "por manifestamente infundado".
Ventura rejeita a ideia de linhas vermelhas, mas quer que o orçamento de 2026 reflita o acordo com o Governo na imigração.
O líder do CHEGA acusou hoje o secretário-geral do PS de estar desesperado na intenção de se mostrar relevante, ao comentar o desafio lançado por José Luís Carneiro ao primeiro-ministro para negociar um acordo estratégico para a Defesa.
A deputada do CHEGA Cristina Rodrigues foi hoje absolvida no processo em que foi acusada de um “apagão informático” de emails do PAN quando era deputada deste partido.
Cristina Vaz Tomé, antiga secretária de Estado da Gestão da Saúde, será nomeada presidente do conselho de administração do Metro de Lisboa. A informação foi avançada esta segunda-feira pela revista Sábado e marca a primeira escolha do novo Governo de Luís Montenegro para a liderança daquela empresa pública, que até agora mantinha uma administração nomeada pelo anterior executivo de António Costa.
A CGD venceu em tribunal uma ação contra Joaquim Barroca, ex-líder do Grupo Lena, e a sua ex-mulher, por causa de uma venda simulada de uma casa de luxo. A moradia foi vendida em 2017 por 148 mil euros, mas Barroca manteve o direito de lá viver. O tribunal considerou a transação inválida e ordenou a devolução do imóvel ao banco público.
O presidente do CHEGA disse hoje que tem um “princípio de acordo” com a AD quanto a algumas linhas orientadoras para mudar a lei da nacionalidade, assumindo houve o “compromisso de bloquear uma série de audições” pedidas pela esquerda.
Apesar do sucessivo boicote dos partidos do Sistema, André Ventura quer alterar o Código Penal, permitindo que crimes como a corrupção, o homicídio e a violação possam ser criminalmente perseguidos a qualquer momento.
O Estado está a virar as costas aos seus próprios cidadãos, deixando os portugueses em segundo plano enquanto promove uma política de privilégios para quem pouco ou nada contribuiu.
A proposta de lei do Governo para baixar as taxas de IRS em 2025 foi aprovada hoje na especialidade com os votos a favor do PSD, CDS-PP, CHEGA e IL.