Crise na habitação: uma em cada 10 famílias receia não conseguir pagar a casa

© Folha Nacional

Perante a enorme crise que se faz sentir no acesso à habitação, em grande parte motivada pelos juros cada vez mais elevados e que acabam por penalizar as prestações mensais de milhares de famílias, o CHEGA propõe que a banca também possa fazer a sua parte.
A atual conjuntura de subida dos preços na generalidade dos bens e serviços, faz com que as famílias portuguesas estejam no limite das suas capacidades económico-financeiras, onde os custos da habitação, da saúde, da educação e da alimentação, asfixiam completamente o orçamento familiar.
Em Portugal, num universo de mais de 4 milhões de agregados familiares, 77% estão em risco de não conseguir assumir a totalidade das despesas de principal relevo. De ressalvar que 8% (cerca de 256 mil famílias) estão em risco de já não conseguir assegurar as despesas essenciais, ou seja, enfrentam o espectro da pobreza real e uma em cada 10 famílias mostra-se receosa acerca da capacidade de continuar a pagar as casas onde vive, segundo dados de um estudo da Eurofound.
Posto isto, é deveras evidente que o principal fator de “asfixia” do orçamento familiar, ou o mais oneroso, é sem dúvida, a prestação do crédito à habitação.
Este gasto fixo mensal absorve mais de 40% do rendimento disponível familiar, quer a nível nacional, quer na média europeia.
Face a esta realidade, o CHEGA quer uma “suavização das condições bancárias de acesso à habitação” e no crédito ao consumo, sublinhando que “a banca deve sustentar parte das dívidas dos contribuintes”.
O partido de André Ventura entende que o esforço para ultrapassar esta crise na habitação provocada pelo aumento das taxas de juro, deve ser solidário e equitativo.

Recorde-se que quando a banca teve dificuldades, os portugueses também foram chamados a prestar-lhe apoio, pelo que face às circunstâncias atuais, esta deve também ser chamada a contribuir para o alívio das famílias.
Nesta senda, André Ventura defende que “se gastámos centenas de milhões para salvar a banca, os bancos também devem agora ajudar os contribuintes”.
O próprio Presidente da República já fez um apelo para que o governo refletisse sobre este assunto, nomeadamente sobre o crédito à habitação em matéria de prazos, taxas e prestações, salientando as nefastas consequências sociais resultantes da subida dos juros e o atual período positivo da banca.
Argumentando que os bancos “receberam milhões do Estado na última década”, Ventura defende que a banca deve sustentar “parte das dívidas que os contribuintes agora têm, face ao crédito à habitação”.
“Era mais do que legítimo que os portugueses tivessem uma suavização, e não uma penalização, do que são hoje as condições bancárias de acesso à habitação, e mesmo nalguns casos, de crédito ao consumo”, afirma.
A crise da habitação levou a que o CHEGA apresentasse um programa denominado ‘Habitação com confiança’, com dez medidas com um custo de 750 milhões de euros, abaixo dos 900 milhões do pacote do Governo, onde se propõem, medidas como a isenção do pagamento de IMT e imposto de selo para compra de habitação permanente, uma linha de crédito para imóveis devolutos e uma linha de crédito bonificada para aqueles que vão colocar as suas casas no mercado de arrendamento, entre outras.
Para além disso, o partido de André Ventura defende que o problema não é nem o alojamento local, nem os impostos que existem sobre essas matérias, nem só as casas devolutas do Estado, que também são muitas, mas antes a falta de construção.
São necessários “incentivos fiscais à construção, incentivos públicos à construção e não mais carga fiscal, sendo fundamental uma diminuição do IVA
da construção, do aumento dos incentivos públicos à construção em várias áreas, de diminuição do período de licenças”.

*Com Agência Lusa

Últimas de Política Nacional

O líder do CHEGA, André Ventura, marcou presença esta quarta-feira numa manifestação organizada pela Associação Solidariedade Imigrante, junto ao Parlamento, noticia a RTP.
O ex-presidente da Câmara de Pombal Diogo Mateus, do PSD, foi hoje condenado, em Leiria, a pena suspensa por crimes de peculato e falsificação de documentos, enquanto o seu antigo chefe de gabinete, João Pimpão, foi absolvido.
Os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças aprovaram hoje as audições de Autoridade da Concorrência, Banco de Portugal e Associação Portuguesa de Bancos sobre a prescrição de coimas aos bancos no processo designado como “cartel da banca".
O líder do CHEGA, André Ventura, apresentou-se hoje como o candidato a Presidente da República antissistema, e defendeu que a sua participação nas eleições presidenciais do próximo ano é uma forma de liderar a oposição.
O líder do CHEGA, André Ventura, vai candidatar-se a Presidente da República nas eleições presidenciais do início do próximo ano, confirmou hoje à agência Lusa fonte oficial do partido.
O CHEGA propôs a audição com urgência do secretário de Estado da Agricultura na Assembleia da República para prestar esclarecimentos sobre a investigação por alegadas suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais.
O presidente do CHEGA mostrou-se hoje disponível para voltar a candidatar-se a Presidente da República, apesar de não considerar a solução ideal, e indicou que o objetivo é apoiar um candidato que dispute a segunda volta.
O líder do CHEGA, André Ventura, anunciou hoje que voltará a ser candidato à presidência do partido no próximo congresso, que ainda não está marcado.
Liderados pela deputada e coordenadora nacional da Juventude do partido, Rita Matias, os jovens defenderam o legado de Kirk como símbolo da luta pela pátria, família e liberdade.
O CHEGA surge pela primeira vez na liderança das intenções de voto em Portugal, de acordo com o mais recente Barómetro DN/Aximage, publicado pelo Diário de Notícias.