CHEGA defende prisão perpétua para casos como o homicídio de Jéssica

© CHEGA

O CHEGA vai insistir na reintrodução da prisão perpétua em Portugal para casos como o do homicídio da menina de três anos, em Setúbal, cujos principais arguidos foram condenados a 25 anos de prisão, afirmou o líder do partido.

“Nós estamos em processo de revisão constitucional e nós vamos insistir na prisão perpétua em Portugal”, disse André Ventura, à margem de uma arruada no Funchal, na Madeira, onde se encontra para uma visita de três dias, até quinta-feira, no âmbito da preparação para as eleições legislativas regionais de 24 de setembro.

O presidente do CHEGA classificou como “macabro” e “chocante” o caso de Jéssica, uma menina de três anos, que morreu em junho de 2022 devido a maus-tratos infligidos pela mulher que, segundo o relato inicial da mãe às autoridades, era a sua ama.

Os quatro principais arguidos no processo foram hoje condenados a 25 anos de prisão pelo Tribunal de Setúbal.

“Eu tenho a certeza de que em qualquer outro país da União Europeia, provavelmente exceto um, nós teríamos aqui uma pena de prisão perpétua ou tendencialmente perpétua”, afirmou André Ventura, reforçando que a pena de 25 anos, o máximo que a lei portuguesa permite, é “absolutamente injusta” para este caso.

“Nós estamos perante situações de absoluta desumanidade, de absoluta incapacidade de compreensão do outro, de empatia, de qualquer valor humano, e eu acho que a prisão perpétua é a única solução para isto”, sublinhou, lembrando que Espanha reintroduziu recentemente a prisão perpétua.

André Ventura disse que o partido afasta o cenário de pena de morte, mas reiterou que a prisão perpétua deve ser reintroduzida em Portugal, com a premissa de ser revista de 25 em 25 anos.

“O CHEGA vai insistir, já em setembro, na reintrodução da prisão perpétua em Portugal, não só através do seu projeto de revisão constitucional, como em discussão no plenário da Assembleia da República”, declarou, salientando que o caso Jéssica “é absolutamente desumano e merece uma ação muito mais firme da Justiça”.

Últimas de Política Nacional

A Polícia Judiciária entrou esta terça-feira na Câmara de Mirandela e em empresas privadas para investigar alegadas ilegalidades em contratos urbanísticos. O processo envolve crimes de prevaricação e participação económica em negócio, com seis arguidos já constituídos.
André Ventura deixou claro que não está disposto a ceder no que entende serem valores essenciais, assegurando que não prescinde do seu direito à liberdade de expressão nem aceita qualquer imposição que limite a sua voz política.
O presidente da Assembleia da República decidiu hoje solicitar à Comissão de Transparência a abertura de um inquérito por "eventuais irregularidades graves praticadas" pela deputada do BE Mariana Mortágua por um gesto dirigido a Paulo Núncio.
André Ventura enfrenta hoje a Justiça por causa de cartazes de campanha que defenderam que 'Os ciganos têm de cumprir a lei'. O líder do CHEGA responde em tribunal num processo que volta a colocar frente a frente liberdade de expressão, discurso político e os limites da lei.
Enquanto a Polícia Judiciária o detinha por suspeitas de centenas de crimes de pornografia de menores e abusos sexuais de crianças, o nome de Paulo Abreu dos Santos constava, não num processo disciplinar, mas num louvor publicado no Diário da República, assinado pela então ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro.
O líder do CHEGA e candidato presidencial, André Ventura, disse esperar que o Tribunal Constitucional perceba que o “povo quer mudança” e valide a lei da nacionalidade, alegando que é baseada num “consenso nacional”.
O tenente-coronel Tinoco de Faria, que abandonou a sua candidatura a Belém e declarou apoio a André Ventura, passa agora a assumir um papel central na campanha do líder do CHEGA, como mandatário nacional.
Cinco deputados sociais-democratas, liderados por Hugo Soares, viajaram até Pequim a convite direto do Partido Comunista Chinês. A deslocação não teve carácter parlamentar e escapou às regras de escrutínio da Assembleia da República.
Saiu do Executivo, passou pelo Parlamento e acaba agora a liderar uma empresa pública com um vencimento superior ao que tinha no Governo. Cristina Vaz Tomé foi escolhida para presidir à Metro de Lisboa e vai ganhar cerca de sete mil euros mensais, com despesas da casa pagas.
O Ministério Público (MP) pediu hoje penas entre os cinco e nove anos de prisão para os ex-presidentes da Câmara de Espinho, Miguel Reis (PS) e Pinto Moreira (PSD), por suspeitas de corrupção no processo Vórtex.