Regresso dos turistas aos restaurantes após semana de quebras na faturação

© D.R.

Os empresários da restauração assistiram ao regresso dos turistas “afugentados” pela Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023, em Lisboa, após uma semana de quebras na faturação, disse à Lusa o presidente da PRO-VAR, Daniel Serra.

“Terminada a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), os empresários da restauração puderam assistir ao regresso dos turistas ‘afugentados’ pelo evento, após uma semana de ‘quebras na faturação’”, apontou o presidente da PRO.VAR – Promover e Inovar a Restauração Nacional, em resposta escrita à Lusa, sobre o impacto no setor do evento religioso, que decorreu na primeira semana de agosto em Lisboa e Loures.

Daniel Serra realçou que as declarações do Governo e presidentes de Câmara sobre o evento criaram “uma elevada expectativa na opinião pública e em muitos empresários”, mas cedo se verificou que, coincidindo com a época alta do turismo, a JMJ “não iria ter o impacto económico” esperado na restauração, com o cancelamento de reservas como primeiros sinais de alerta.

“A elevada expectativa ‘espantou’ os turistas e até os residentes, que acabaram por se afastar das zonas onde se previam mais jovens”, afirmou o presidente da associação.

A idade da maioria dos peregrinos e o baixo valor do ‘kit’ diário de refeição (sete euros), levou mesmo alguns empresários a decidir encerrar portas naquela semana, prevendo que a maioria dos peregrinos iria preferir o ‘fast food’ de cadeias internacionais à comida de prato.

“Os que se mantiveram abertos registaram ‘quebras na faturação’, sublinhou Daniel Serra, explicando que no segmento médio-alto houve perdas na faturação porque a JMJ “afugentou” os clientes que eram habituais e também “muitos turistas, que normalmente fazem uma frequência nos restaurantes com um ‘ticket’ alto”.

Ainda assim, a associação considera que o evento foi benéfico para a promoção do país: “Podemos dizer que a restauração perdeu ‘hoje’ para ganhar o amanhã”, considerou Daniel Serra.

A JMJ, o maior evento da Igreja Católica, realizou-se este ano de 01 a 06 de agosto em Lisboa.

Últimas de Economia

As exportações de bens caíram 5,2% e as importações recuaram 3% em outubro, em termos homólogos, sendo esta a primeira queda das importações desde junho de 2024, divulgou hoje o INE.
O número de trabalhadores efetivamente despedidos em processos de despedimentos coletivos aumentou 16,4% até outubro face ao período homólogo, totalizando os 5.774, superando o total de todo o ano passado, segundo os dados divulgados pela DGERT.
Os custos de construção de habitação nova aumentaram 4,5% em outubro face ao mesmo mês do ano passado, com a mão-de-obra a subir 8,3% e os materiais 1,3%, de acordo com dados hoje divulgados pelo INE.
Os consumidores em Portugal contrataram em outubro 855 milhões de euros em crédito ao consumo, numa subida homóloga acumulada de 11,3%, enquanto o número de novos contratos subiu 4%, para 157.367, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
O Governo reduziu o desconto em vigor no Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP), aplicável à gasolina sem chumbo e ao gasóleo rodoviário, anulando parte da descida do preço dos combustíveis prevista para a próxima semana.
Os pagamentos em atraso das entidades públicas situaram-se em 870,5 milhões de euros até outubro, com um aumento de 145,4 milhões de euros face ao mesmo período do ano anterior, segundo a síntese de execução orçamental.
O alojamento turístico teve proveitos de 691,2 milhões de euros em outubro, uma subida homóloga de 7,3%, com as dormidas de não residentes de novo a subir após dois meses em queda, avançou hoje o INE.
A taxa de inflação homóloga abrandou para 2,2% em novembro, 0,1 pontos percentuais abaixo da variação de outubro, segundo a estimativa provisória divulgada hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O ‘stock’ de empréstimos para habitação acelerou em outubro pelo 22.º mês consecutivo, com um aumento homólogo de 9,4% para 109.100 milhões de euros, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
A proposta de lei de Orçamento do Estado para 2026 foi hoje aprovada em votação final global com votos a favor dos dois partidos que apoiam o Governo, PSD e CDS-PP, e com a abstenção do PS. Os restantes partidos (CHEGA, IL, Livre, PCP, BE, PAN e JPP) votaram contra.