O tema da descriminalização das drogas sintéticas continua a marcar a agenda política, quando o país se prepara para o início da campanha eleitoral na Região Autónoma da Madeira. Na verdade, com notícias recentes a referir que dois terços das novas drogas sintéticas têm impacto significativo na Madeira e nos Açores, os diversos partidos apressam-se a assumir posição sobre a matéria.
Todos os partidos – exceto o CHEGA – viabilizaram no Parlamento a descriminalização das drogas sintéticas, uma situação que tem merecido críticas de vários setores e associações, nomeadamente das forças de segurança e de investigação criminal.
O Presidente do CHEGA, André Ventura, que parte hoje para a Região Autónoma da Madeira para o tiro de partida das eleições regionais, afirma ao FN que ‘não se compreende esta obsessão da esquerda, nem a cumplicidade do centro-direita, em legalizar este tipo de drogas e os comportamentos a ela associados’. Ventura vai mais longe e afirma que esta preocupação política é a imagem de ‘um país sem rumo e sem futuro’.
Vários atores políticos, inclusivamente o Presidente do Governo Regional da Madeira, bem como várias associações cívicas e profissionais, vieram a público criticar esta medida aprovada pela Assembleia da República e à qual o Tribunal Constitucional deu luz verde, mesmo sem serem ouvidas as regiões autónomas.