Migrantes detidos em Espanha por pirataria após atacarem tripulantes que os resgataram

Nove migrantes foram detidos nas Canárias por pirataria, acusados de terem forçado os tripulantes de um rebocador neerlandês que os resgataram a dirigirem-se para o arquipélago espanhol em vez de Marrocos, divulgaram hoje autoridades espanholas e equipas de resgate.

 

Estes migrantes estavam entre as 78 pessoas que realizaram a travessia da costa africana em dois barcos e foram resgatadas na madrugada de segunda-feira por um rebocador neerlandês em águas marroquinas, adiantaram equipas de resgate espanholas.

Ao perceberem que o barco os levava para o porto de Tan Tan, no sul de Marrocos, e não para as Canárias, tornaram-se agressivos com a tripulação, puxando facas, explicou a mesma fonte.

Na sequência desta ‘revolta’, o rebocador dirigiu-se para Fuerteventura, ilha das Canárias.

À chegada ao arquipélago espanhol, estes nove migrantes, cuja nacionalidade não foi divulgada, foram detidos pela Guarda Civil por pirataria, referiu à agência France-Presse (AFP) fonte policial, sem fornecer mais detalhes.

Espanha, e particularmente o arquipélago das Ilhas Canárias, ao largo da costa africana, é um dos principais pontos de entrada de migrantes ilegais na Europa.

As Canárias registaram a chegada de 14.976 migrantes entre 01 de janeiro e 30 de setembro, um aumento de 19,8% face ao mesmo período de 2022, segundo os últimos números do Ministério do Interior espanhol.

Desde o início de 2023, 140 migrantes morreram ou desapareceram durante esta travessia, segundo dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM) publicados no início de setembro.

A organização não-governamental (ONG) espanhola Caminando Fronteras, que, ao contrário da OIM, se baseia em chamadas de emergência com imigrantes ilegais no mar ou seus familiares, estima que 778 migrantes morreram ou desapareceram nesta rota migratória no primeiro semestre.

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