Serviços secretos dos EUA dizem que Rússia está a minar eleições a nível mundial

A Rússia está a utilizar a sua rede de espiões, os meios de comunicação social estatais e redes sociais para minar a credibilidade das eleições a nível mundial, segundo um relatório dos serviços secretos dos EUA.

© D.R.

“A Rússia está a conduzir operações para minar a confiança do público na integridade das eleições”, de acordo com o relatório publicado esta sexta-feira, no qual se garante que agentes russos tentaram minar a credibilidade das eleições presidenciais norte-americanas de 2020, que o democrata Joe Biden venceu contra o rival republicano Donald Trump.

“Este é um fenómeno global. As nossas informações indicam que altos funcionários do governo russo, incluindo os do Kremlin, dão crédito a este tipo de operação de influência e consideram-nas eficazes”, sustenta-se no relatório.

O documento, enviado por telegrama diplomático às embaixadas de uma centena de países de África, Ásia, Europa e América do Norte, surge numa altura em que as tensões entre Moscovo e Washington já são elevadas devido à invasão russa da Ucrânia.

De acordo com os serviços secretos norte-americanos, a Rússia levou a cabo “esforços concertados” entre 2020 e 2022 para minar a confiança pública em pelo menos 11 eleições em nove países democráticos, incluindo os Estados Unidos.

Cerca de 17 outras democracias foram visadas através de métodos “menos marcantes”, envolvendo atividades russas nas redes sociais ou através de correio eletrónico, acrescenta-se no relatório dos EUA, que não nomeia os países visados.

Os meios de comunicação social estatais russos amplificaram “falsas alegações de fraude eleitoral” em numerosas eleições na Ásia, Europa, Médio Oriente e América do Sul em 2020 e 2021, segundo o relatório.

O governo russo ainda não reagiu ao relatório dos serviços secretos norte-americanos.

Últimas de Política Internacional

A China denunciou hoje como inaceitável o paralelo que o Presidente francês, Emmanuel Macron, estabeleceu entre a situação na Ucrânia e em Taiwan, ilha que o Ocidente receia que seja invadida por Pequim.
O secretário da Defesa norte-americano, Pete Hegseth, disse hoje, em Singapura, que os Estados Unidos "não procuram um conflito com a China", mas que não serão expulsos de "região crucial do Indo-Pacífico".
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, anunciou hoje que os Estados Unidos vão recusar vistos às autoridades estrangeiras que censurarem publicações de norte-americanos nas redes sociais.
A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Kaja Kallas, defendeu hoje que a situação humanitária em Gaza "continua a ser intolerável", acusando Israel de ataques contra civis que "vão para além do que é necessário".
O chanceler alemão, Friedrich Merz, disse hoje que a Alemanha passa a estar entre os países que já não impõem à Ucrânia a condição de não utilizar armas alemãs contra alvos militares na Rússia.
O Governo de Bissau expressou hoje desagrado pela forma como Portugal tratou a apreensão de passaportes guineense no aeroporto de Lisboa e pede a devolução dos documentos que garante são legais.
O Presidente ucraniano insistiu hoje que só o aumento das sanções impedirá a Rússia de se sentir impune para continuar a intensificar os ataques contra a Ucrânia, após Moscovo ter disparado esta madrugada um número recorde de 'drones'.
A Rússia e a Ucrânia trocaram hoje centenas de prisioneiros, na segunda fase de uma troca recorde de soldados entre Moscovo e Kiev e após acordos na semana passada, anunciaram os dois países.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que apenas sanções internacionais adicionais poderão forçar a Rússia a aceitar um cessar-fogo, após uma noite de ataques russos com mísseis e drones a Kiev e outras regiões que causaram vários feridos.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse hoje que ordenou o reforço das medidas de segurança nas missões diplomáticas israelitas no mundo, na sequência do assassinato de dois funcionários da embaixada de Israel em Washington.