Ventura elogia veto a escolha de nome neutro e identidade de género

O presidente do CHEGA considerou hoje que o Presidente da República esteve bem ao vetar os decretos sobre escolha de nome próprio neutro e medidas a adotar pelas escolas sobre a autodeterminação da identidade e expressão de género.

© Folha Nacional

“Bem esteve o senhor Presidente da República [Marcelo Rebelo de Sousa] que devolveu esta lei à Assembleia da República, no momento em que a Assembleia da República, com a maioria absoluta do PS, já não a poderá confirmar”, disse hoje André Ventura.

O líder do CHEGA, que falava aos jornalistas numa conferência de imprensa na sede do CHEGA/Açores, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, apontou que “mesmo após ter chamado a atenção sobre a questão dos nomes neutros e do impacto que isto teria em terceiros, no livre desenvolvimento da personalidade dos próprios envolvidos e no papel que os pais deveriam ter neste processo, o PS, refém da extrema esquerda e com a ânsia de provocar a cultura dominante, quis avançar sem consulta, sem maioria, sem apoio na sociedade civil para uma medida destas”.

“Ao devolver a legislação à Assembleia da República, o senhor Presidente da República deixa claro que esta norma não entrará em vigor nesta legislatura e deixa claro que só uma nova maioria o poderá corrigir e, eventualmente, aprovar”, disse.

No seguimento da decisão, o CHEGA compromete-se, numa próxima legislatura, “a afastar de vez e definitivamente estes dois diplomas do universo legislativo português”.

“Queria, por isso, saudar o Presidente da República pelo papel determinante que teve nesta matéria, preservando valores essenciais e mantendo vivos os valores que devem nortear a comunidade educativa e também a nossa política em matéria de educação, a do valor humano e da autodeterminação, mas também o da responsabilidade, o da inserção numa cultura ao qual pertencemos, numa matriz de respeito pela nossa matriz cultural”, afirmou Ventura.

Ventura prosseguiu, referindo tratar-se de uma vitória “não para a direita, mas sobretudo para a comunidade escolar e educativa”.

Na opinião do presidente do CHEGA, os estabelecimentos de ensino que “à revelia do processo legislativo, decidiram avançar nesta matéria, sem que a lei entrasse em vigor”, devem reverter as medidas já aplicadas, como casas de banho ou balneários mistos.

O Presidente da República vetou hoje os decretos do parlamento sobre escolha de nome próprio neutro e medidas a adotar pelas escolas para a implementação da lei que estabelece a autodeterminação da identidade e expressão de género.

Estes dois vetos foram anunciados através de uma nota no sítio oficial da Presidência da República na Internet.

De acordo com essa nota, Marcelo Rebelo de Sousa vetou a alteração do regime de atribuição do nome próprio “considerando que o decreto não garante um equilíbrio no respeito do essencial princípio da liberdade das pessoas”.

Últimas de Política Nacional

O Presidente do CHEGA, André Ventura, acusou o Governo, durante o debate quinzenal desta quarta-feira com o Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, de criar "agendamentos fictícios sem critério clínico" para reduzir as listas de espera das cirurgias oncológicas.
O presidente do CHEGA anunciou hoje que o partido vai entregar no parlamento várias propostas que constituem um "pacote anticorrupção", pedindo abertura dos outros partidos para que possam ser aprovadas.
O Governo desenhou uma primeira proposta para facilitar a entrada de imigrantes em Portugal para o setor da construção civil. A notícia foi avançada pelo Jornal de Notícias (JN), no sábado passado, que explica que são ainda precisos cerca de 80 mil trabalhadores para responder às obras do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Uma das principais bandeiras do partido liderado por André Ventura é o combate à corrupção, não sendo surpresa o arranque das segundas jornadas parlamentares do CHEGA nesta legislatura coincidir com o Dia Internacional do Combate à Corrupção, 9 de dezembro.
O presidente do CHEGA desafiou hoje o líder do PSD, Luís Montenegro, a afastar Miguel Albuquerque, considerando que o presidente do Governo Regional da Madeira "já não tem condições" para continuar no cargo.
As propostas de Orçamento e Plano de Investimentos para 2025 apresentadas pelo Governo da Madeira, liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque, foram hoje rejeitadas após discussão na generalidade, um 'chumbo' que acontece pela primeira vez no parlamento regional.
Os deputados do CHEGA reúnem-se hoje em Coimbra numas jornadas parlamentares focadas no tema da corrupção, que contam com o antigo primeiro-ministro e presidente do PSD Pedro Santana Lopes como um dos oradores.
“Não se preocupem, o Estado paga. Quem poderia esquecer a célebre frase de Mário Soares quando foi mandado parar pela Polícia?”, recorda o líder do CHEGA.
Tiago, 41 anos, diz que quando fecha os olhos ainda vive o ataque. “Revivo o momento em que eles mandaram literalmente os molotov para cima de mim... e o fogo e a aflição", contou numa entrevista transmitida pela TVI.
O relógio marcava pouco depois das 8 horas e 40 minutos, da passada sexta-feira, quando tarjas azuis e vermelhas voaram pelas janelas dos gabinetes dos 50 deputados do CHEGA e das salas do grupo parlamentar, no edifício da Assembleia da República.