CHEGA pede explicações de Pedro Nuno Santos sobre subsídios de deslocação

O líder do CHEGA, André Ventura, disse hoje esperar que o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, esclareça como é que recebeu subsídios de deslocação a partir de Aveiro, como deputado, enquanto vivia em Lisboa.

© Folha Nacional

A revista Sábado noticiou hoje que Pedro Nuno Santos declarou ao parlamento uma morada em São João da Madeira, no distrito de Aveiro (pelo qual foi eleito), entre 2005 e 2015, recebendo um total de 203 mil euros em subsídios de deslocação. Nesse período o socialista era proprietário de um apartamento em Lisboa, que dista mais de 200 quilómetros de São João da Madeira.

Em resposta à revista, o também candidato a primeiro-ministro assumiu que durante os trabalhos parlamentares vivia na casa da capital, a sua “primeira habitação permanente” na cidade, mas negou que fosse a residência principal.

“A minha residência habitual, até ao momento em que integrei o Governo em finais de 2015, sempre foi em São João da Madeira”, disse, acrescentando que este era o centro da sua “vida pessoal, familiar, social e política”.

Para o CHEGA, é necessário que a questão seja esclarecida, para não passar “uma ideia de impunidade para alguns e de perseguição a outros”.

André Ventura comparou a situação ao caso de Maló de Abreu, sublinhando ter havido “uma enorme pressão” pública que levou à saída do deputado (ex-PSD) das listas de candidatos do CHEGA às legislativas de 10 de março.

“Espero que Pedro Nuno Santos possa explicar como é que, vivendo em Lisboa, recebia estes subsídios de deslocação e se o PS — que tanto se indignou com este caso e que tanto pressionou para que fosse tomada a decisão de não ter Maló de Abreu nas listas — se sente agora confortável [com Pedro Nuno Santos como] candidato a primeiro-ministro”, afirmou aos jornalistas.

Ventura, que falava na Ribeira Grande à margem de uma ação de campanha para as eleições açorianas de domingo, sublinhou que não se pode ter dois pesos e duas medidas, pelo que é preciso, no meio político e na comunicação social, “fazer a mesma pressão a Pedro Nuno Santos”.

“Se há para o CHEGA, tem de haver para o Partido Socialista”, defendeu o também cabeça de lista do CHEGA.

O ex-deputado do PSD Maló de Abreu anunciou na semana passada ter desistido de integrar as listas do CHEGA às legislativas, na sequência de uma polémica com a sua residência em Luanda após uma notícia da Sábado.

Segundo a revista, Maló de Abreu (que passou recentemente a deputado não inscrito depois de ter saído do PSD) recebeu cerca de 75 mil euros em subsídios e ajudas de custo por ter declarado residência em Luanda.

A Sábado noticiou que, apesar de ter residência em Luanda, Maló de Abreu viveu “maioritariamente entre Lisboa e Coimbra” ao longo desta legislatura.

Numa missiva enviada à Lusa, o deputado assegurou que a sua vida “passou e passará por Luanda”, rejeitando ter recebido quaisquer subsídios abusivamente.

Últimas de Política Nacional

Uma nova sondagem da Aximage para o Folha Nacional confirma a reviravolta política que muitos antecipavam: André Ventura salta para a liderança das presidenciais e ultrapassa Gouveia e Melo.
A Assembleia Municipal de Oeiras rejeitou o voto de pesar apresentado pelo CHEGA pela morte do agente da Polícia Municipal Hugo Machado, de 34 anos, com o INOV, liderado por Isaltino Morais, a votar contra e todos os restantes partidos a abster-se.
O candidato presidencial e presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que, se a greve geral de 11 de dezembro, convocada pela CGTP e pela UGT, avançar, é “culpa” da forma “atabalhoada” com que o Governo tratou a questão.
Cerca de cem delegados vão debater o futuro do SNS e definir o plano de ação da Federação Nacional dos Médicos (Fnam) para os próximos três anos no congresso que decorre no sábado e domingo, em Viana do Castelo.
Portugal submeteu hoje à Comissão Europeia o oitavo pedido de pagamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com a comprovação de 22 marcos e metas.
O candidato presidencial e Presidente do CHEGA, André Ventura, reafirmou esta sexta-feira, em conferência de imprensa, que o partido vai entregar no parlamento um voto de condenação ao discurso do Presidente de Angola, João Lourenço, proferido nas comemorações do 50.º aniversário da independência angolana.
O Grupo Parlamentar do CHEGA apresentou na Assembleia da República um projeto de resolução que recomenda ao Governo a suspensão imediata do Manual de Recomendações Técnicas Relativo ao Acompanhamento de Pessoas Transgénero Privadas de Liberdade, aprovado em 2022.
O presidente do CHEGA acusou hoje o PS de “traição ao povo português” por requerer ao Tribunal Constitucional a fiscalização preventiva da constitucionalidade da Lei da Nacionalidade e apelou à celeridade da decisão.
A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) recomendou hoje o alargamento do acordo entre operadores de televisão para realizar os debates presidenciais, depois da queixa apresentada pela Medialivre, dona do Correio da Manhã.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse hoje que dado o investimento que é feito no setor, este já devia ter evoluído mais, atribuindo essa falta de evolução à forma como está organizado, daí a necessidade de reformas.