Cerca de 88% dos enfermeiros do Hospital de Vila Franca em greve

Cerca de 88% dos enfermeiros do Hospital de Vila Franca de Xira (HVFX), em Lisboa, fizeram greve ao período da manhã para exigir valorização das carreiras e condições de trabalho, segundo o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).

© D.R.

A greve, que abrange os períodos da manhã e da tarde, foi decidida em plenário de trabalhadores, que consideram fundamental a criação de condições de trabalho de forma a “atrair e fixar enfermeiros e dar resposta” ao que consideram serem as necessidades do HVFX.

“As principais reivindicações que os enfermeiros têm é a contratação [de mais profissionais], porque têm horários violentos, muitas horas extraordinárias, muitos doentes a seu cargo, muitos feriados em dívida e precisam de descanso, de tempo para a família, como toda a gente”, sublinhou à Lusa Isabel Barbosa, do SEP.

De acordo com a dirigente sindical, os enfermeiros no HVFX pretendem também melhores condições de trabalho e a valorização das carreiras, “nomeadamente todos os pontos para efeitos de progressão”.

“Ou seja, que todos os anos de serviço sejam contabilizados para progressão e que sejam valorizadas as competências acrescidas, nomeadamente no caso dos enfermeiros especialistas, que não transitaram automaticamente para a categoria de especialista”, acrescentou.

Isabel Barbosa destacou que “infelizmente os enfermeiros não têm sido devidamente reconhecidos e há problemas que se vivem em Vila Franca que são transversais à profissão”.

“Os enfermeiros estão insatisfeitos com uma carreira que não os valoriza, com salários que são insuficientes, com especialidades não reconhecidas, com competências e anos não reconhecidos, com excesso de horas, com degradação dos serviços, falta de material, e isso só pode ser resolvido através de investimentos no Serviço Nacional de Saúde e valorização dos seus profissionais”, realçou.

De acordo com a sindicalista, caso não sejam obtidas respostas a estas reivindicações, os enfermeiros do HVFX continuarão “a fazer todas as ações necessárias”.

O Hospital de Vila Franca de Xira tem cerca de 500 enfermeiros, segundo o SEP.

Últimas do País

Cinco pessoas foram detidas hoje no âmbito da operação de prevenção criminal que o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP está a realizar hoje na zona da Alta de Lisboa, Ameixoeira e Ajuda, segundo aquela força de segurança.
A Polícia Judiciária desmantelou um esquema de corrupção dentro de uma Unidade de Saúde Familiar, onde duas funcionárias alegadamente criavam milhares de números de utente ilegais para imigrantes. A operação “Gambérria” já levou à detenção de 16 pessoas e expõe um dos maiores escândalos recentes de acesso fraudulento ao SNS.
A ministra da Saúde garantiu hoje que o projeto de ampliação e requalificação do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, “não está na gaveta” e que “já tem pernas” para avançar “no início do próximo ano”.
A Grande Lisboa registou um aumento de mais de 6,1% na criminalidade geral nos primeiros dez meses do ano, revelam dados oficiais da PSP. Apesar da descida ligeira nos crimes violentos, o cenário global aponta para uma região onde a insegurança cresce de forma consistente.
A Polícia Judiciária (PJ) deteve hoje em Lisboa um cidadão estrangeiro de 26 anos, que fugiu à polícia em agosto, por tráfico de droga, anunciou hoje aquela polícia.
O parlamento da Madeira aprovou hoje, por maioria, uma proposta de lei à Assembleia da República apresentada pelo CHEGA para revogar o limite de referência de droga para consumo médio individual de dez para cinco dias.
A Cloudfare anunciou esta terça-feira estar a investigar uma falha na sua rede global que provocou a 'queda' de vários clientes, como a rede social X, o 'chatbot' ChatGPT e o videojogo 'League of Legends'.
A Polícia Judiciária deteve no aeroporto de Lisboa, em três ações distintas, três mulheres estrangeiras, entre os 20 e os 39 anos, suspeitas do crime de tráfico de droga, indicou esta terça-feira a PJ.
Nos primeiros 10 meses de 2025, foram detidas pela Polícia Judiciária (PJ) 269 suspeitos de crimes sexuais, mais do que em todo o ano de 2024, quando foram detidos 251, revelou hoje o diretor da instituição.
O antigo governante e ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos Armando Vara foi detido na segunda-feira pela PSP, em Lisboa, para cumprir os dois anos e meio da prisão que restam devido aos processos Face Oculta e Operação Marquês.