Eutanásia: ao que vem a direita?

Apresentados os programas eleitorais dos diferentes partidos com assento parlamentar, o CHEGA é o único que se afirma claramente contra a eutanásia. No ponto 107 do seu programa propõe-se a revogação desta lei, aprovada no ano passado com votos favoráveis do PS, de toda a extrema-esquerda, da Iniciativa Liberal, do PAN e de alguns deputados do PSD.

Ora, seria espectável que um tema civilizacional e de tão elevada importância, que põe em causa o respeito pela vida humana, fosse abordado por todos os partidos políticos, e que no caso da Aliança Democrática, ainda mais ao incluir o CDS na sua coligação, se pudesse encontrar uma posição clara quanto a este assunto. Mas não foi isso que aconteceu. 

Luís Montenegro não expressou, ao que se saiba, a respetiva posição individual, sendo, num primeiro momento, a favor do referendo – apesar de não dizer se vota sim ou não – e dizendo agora que aguarda pelo Acórdão do Tribunal Constitucional relativamente ao pedido de fiscalização sucessiva da lei. Ficamos, portanto, sem saber se a AD pretende revogar a lei, se a regulamenta ou se propõe um referendo.

Tendo em conta que a posição do Tribunal Constitucional pode demorar anos, e que o processo nesse tribunal não suspende a lei, o futuro governo, qualquer que seja a sua composição, terá que regulamentar a lei, se e enquanto ela não for revogada ou alterada. 

É verdade que, politicamente, o futuro executivo é livre de escolher o momento em que o fará, mas seria de uma grande cobardia política e falta de transparência não assumir, diretamente, o que faz enquanto o Tribunal Constitucional não decide.

Ao mesmo tempo, quem não diz que vem em matérias tão fundamentais como é o caso da eutanásia, não pode merecer a confiança dos eleitores que defendem a vida humana, sendo o silêncio e o oportunismo político nesta matéria, também ele, uma grave omissão e cobardia. 

A esquerda, e uma certa direita, fazem do descarte a sua política social. O CHEGA, como partido conservador, não deixa ninguém para trás.

Editoriais do mesmo Autor

Se alguém me dissesse que um povo da Europa democrática, tendo alternativa, aceita resignado há 50 anos, ser destratado pelos partidos, até aqui do “arco da governação”, só acreditaria por viver entre ele! Três bancas rotas, a maior carga fiscal de sempre, caos na Saúde, Habitação, Justiça, índice de pobreza ao rubro, índice de qualidade […]

A propaganda socialista está em marcha e já ninguém a trava. O Partido Socialista é assim. Está-lhe no sangue. Há todo um padrão comportamental, muito claro: Sempre que vê algum dos seus ser apanhado nas malhas da justiça, usa todos os meios que tem ao seu dispor – e são muitos – para descredibilizar toda […]

A incompetência socialista na gestão do Estado social tem-se feito sentir de forma particular na saúde, na educação e na habitação, abandonando os cidadãos à sua sorte e batendo-lhes com a porta na cara quando mais precisam. Por outro lado, o Governo tem tido uma perfomance excecional a aplicar impostos e mais impostos por ‘trás […]

O mal-estar de Montenegro era visível na sua primeira intervenção após serem anunciados os resultados eleitorais na Madeira. Quis colar-se a uma vitória clara, para quebrar o jejum do PSD e dar balanço à sua liderança, mas os factos são factos: embora coligado com o CDS, o partido perdeu a maioria absoluta. Além do fracasso […]

O PS é o partido que mais anos governou desde o 25 de abril e, por isso mesmo, é também o maior responsável pelo estado em que nos encontramos. O ‘partido do regime’, durante os seus já 25 anos de governação, tem vindo a depauperar os serviços públicos de forma constante e sustentada. Da saúde […]