Eutanásia: ao que vem a direita?

Apresentados os programas eleitorais dos diferentes partidos com assento parlamentar, o CHEGA é o único que se afirma claramente contra a eutanásia. No ponto 107 do seu programa propõe-se a revogação desta lei, aprovada no ano passado com votos favoráveis do PS, de toda a extrema-esquerda, da Iniciativa Liberal, do PAN e de alguns deputados do PSD.

Ora, seria espectável que um tema civilizacional e de tão elevada importância, que põe em causa o respeito pela vida humana, fosse abordado por todos os partidos políticos, e que no caso da Aliança Democrática, ainda mais ao incluir o CDS na sua coligação, se pudesse encontrar uma posição clara quanto a este assunto. Mas não foi isso que aconteceu. 

Luís Montenegro não expressou, ao que se saiba, a respetiva posição individual, sendo, num primeiro momento, a favor do referendo – apesar de não dizer se vota sim ou não – e dizendo agora que aguarda pelo Acórdão do Tribunal Constitucional relativamente ao pedido de fiscalização sucessiva da lei. Ficamos, portanto, sem saber se a AD pretende revogar a lei, se a regulamenta ou se propõe um referendo.

Tendo em conta que a posição do Tribunal Constitucional pode demorar anos, e que o processo nesse tribunal não suspende a lei, o futuro governo, qualquer que seja a sua composição, terá que regulamentar a lei, se e enquanto ela não for revogada ou alterada. 

É verdade que, politicamente, o futuro executivo é livre de escolher o momento em que o fará, mas seria de uma grande cobardia política e falta de transparência não assumir, diretamente, o que faz enquanto o Tribunal Constitucional não decide.

Ao mesmo tempo, quem não diz que vem em matérias tão fundamentais como é o caso da eutanásia, não pode merecer a confiança dos eleitores que defendem a vida humana, sendo o silêncio e o oportunismo político nesta matéria, também ele, uma grave omissão e cobardia. 

A esquerda, e uma certa direita, fazem do descarte a sua política social. O CHEGA, como partido conservador, não deixa ninguém para trás.

Editoriais do mesmo Autor

No dia 10 de Março, os portugueses deram um sentido de voto muito claro: derrota do socialismo, derrota da esquerda e derrota da mentira. Querem verdade, justiça e ética na política. Por isso, mais de um milhão e cem mil portugueses deram o seu voto ao CHEGA, escolheram dar uma maioria à direita e afastaram […]

O ambiente que se viveu este fim de semana em Viana do Castelo mostrou um partido vivo, com quadros que querem participar na política e na construção de um Portugal melhor, não apenas para si, mas igualmente para os seus filhos e netos e que tem ideias para tirar o país do empobrecimento e da […]

O Partido Socialista continua a mentir, agora num ambiente de pura intoxicação eleitoral. Dizem os socialistas que, contrariamente ao que sucedeu na bancarrota em que deixaram o país em 2011, as contas estão certas. Vejamos: Sócrates e o PS disseram sempre que reduziram o défice em níveis históricos na democracia, mas quando chegaram os credores […]

Se alguém me dissesse que um povo da Europa democrática, tendo alternativa, aceita resignado há 50 anos, ser destratado pelos partidos, até aqui do “arco da governação”, só acreditaria por viver entre ele! Três bancas rotas, a maior carga fiscal de sempre, caos na Saúde, Habitação, Justiça, índice de pobreza ao rubro, índice de qualidade […]

A propaganda socialista está em marcha e já ninguém a trava. O Partido Socialista é assim. Está-lhe no sangue. Há todo um padrão comportamental, muito claro: Sempre que vê algum dos seus ser apanhado nas malhas da justiça, usa todos os meios que tem ao seu dispor – e são muitos – para descredibilizar toda […]