Eutanásia: ao que vem a direita?

Apresentados os programas eleitorais dos diferentes partidos com assento parlamentar, o CHEGA é o único que se afirma claramente contra a eutanásia. No ponto 107 do seu programa propõe-se a revogação desta lei, aprovada no ano passado com votos favoráveis do PS, de toda a extrema-esquerda, da Iniciativa Liberal, do PAN e de alguns deputados do PSD.

Ora, seria espectável que um tema civilizacional e de tão elevada importância, que põe em causa o respeito pela vida humana, fosse abordado por todos os partidos políticos, e que no caso da Aliança Democrática, ainda mais ao incluir o CDS na sua coligação, se pudesse encontrar uma posição clara quanto a este assunto. Mas não foi isso que aconteceu. 

Luís Montenegro não expressou, ao que se saiba, a respetiva posição individual, sendo, num primeiro momento, a favor do referendo – apesar de não dizer se vota sim ou não – e dizendo agora que aguarda pelo Acórdão do Tribunal Constitucional relativamente ao pedido de fiscalização sucessiva da lei. Ficamos, portanto, sem saber se a AD pretende revogar a lei, se a regulamenta ou se propõe um referendo.

Tendo em conta que a posição do Tribunal Constitucional pode demorar anos, e que o processo nesse tribunal não suspende a lei, o futuro governo, qualquer que seja a sua composição, terá que regulamentar a lei, se e enquanto ela não for revogada ou alterada. 

É verdade que, politicamente, o futuro executivo é livre de escolher o momento em que o fará, mas seria de uma grande cobardia política e falta de transparência não assumir, diretamente, o que faz enquanto o Tribunal Constitucional não decide.

Ao mesmo tempo, quem não diz que vem em matérias tão fundamentais como é o caso da eutanásia, não pode merecer a confiança dos eleitores que defendem a vida humana, sendo o silêncio e o oportunismo político nesta matéria, também ele, uma grave omissão e cobardia. 

A esquerda, e uma certa direita, fazem do descarte a sua política social. O CHEGA, como partido conservador, não deixa ninguém para trás.

Editoriais do mesmo Autor

Há pouco tempo, fomos confrontados com o caso das gémeas luso-brasileiras que se deslocaram ao nosso país e com quem o contribuinte português gastou milhões de euros num medicamento inovador, mas num procedimento muito, muito duvidoso. Ao mesmo tempo, ouvimos agora a narrativa de que afinal o Brasil é que é um credor de Portugal […]

Comemoramos este ano os 50 Anos em que terminou o Estado Novo. Comemoramos este 50 Aniversário com novos 50 deputados do CHEGA! A liberdade tem que ser cultivada e regada! Os ataques à liberdade têm que ser denunciados! Logo no PREC houve partidos que lutaram para que os portugueses não pudessem votar e se instalasse […]

No dia 10 de Março, os portugueses deram um sentido de voto muito claro: derrota do socialismo, derrota da esquerda e derrota da mentira. Querem verdade, justiça e ética na política. Por isso, mais de um milhão e cem mil portugueses deram o seu voto ao CHEGA, escolheram dar uma maioria à direita e afastaram […]

O ambiente que se viveu este fim de semana em Viana do Castelo mostrou um partido vivo, com quadros que querem participar na política e na construção de um Portugal melhor, não apenas para si, mas igualmente para os seus filhos e netos e que tem ideias para tirar o país do empobrecimento e da […]

O Partido Socialista continua a mentir, agora num ambiente de pura intoxicação eleitoral. Dizem os socialistas que, contrariamente ao que sucedeu na bancarrota em que deixaram o país em 2011, as contas estão certas. Vejamos: Sócrates e o PS disseram sempre que reduziram o défice em níveis históricos na democracia, mas quando chegaram os credores […]