Patriarca de Lisboa diz que país tem de “reencontrar força” para superar dificuldades

O patriarca de Lisboa, Rui Valério, afirmou hoje que Portugal tem de “reencontrar força e vontade para superar as suas dificuldades” para “vencer uma certa paralisia de que sofre”, recordando o 50.º aniversário do 25 de Abril.

© Facebook do Patriarcado de Lisboa

 

“Há precisamente 50 anos, e em pleno tempo pascal, [Portugal] saiu à rua para operar uma mudança que trouxe a democracia e deu voz e vez ao povo. Hoje, Portugal tem de ir novamente à fonte da ressurreição e reencontrar força e vontade para superar as suas dificuldades”, alertou na homilia da Missa de Domingo de Páscoa.

Na cerimónia pascal que ocorreu esta manhã na Sé de Lisboa, Rui Valério salientou que o país tem de “vencer uma certa paralisia de que sofre, provocada pela habituação acomodada e, não raro, pela resignação”.

O clérigo lembrou ainda a “Páscoa da Ressurreição de Jesus” como uma “fonte de inspiração” para os povos e nações, para que esses “empreendessem renovadoras revoluções, ou profundas transformações no seu tecido social e político”.

Na homilia, o patriarca de Lisboa realçou que a vida é feita de “imprevistos e de acontecimentos, impercetíveis a maior parte das vezes”, exclamando que não deve haver medo.

“Não devemos ter medo, não devemos ficar prisioneiros do que os nossos olhos mostram, ou os ouvidos sentem, ou a inteligência compreende. Fazer isso, é ficar refém, é permanecer sepultado nas trevas da morte… É preciso, é urgente, ligar à fonte da vida e ao que ela nos ensina e transmite de belo”, referiu.

Para o religioso, só a fé na ressurreição “contempla nascentes de nova vida, lá onde os olhos apenas veem desgraça e solidão”.

Rui Valério evocou a ressurreição de Cristo, observando que “oferece a cada homem e a cada mulher a possibilidade de renascer”, bem como de “implantar a vida eterna na própria existência da humanidade” e “de iluminar o mundo com a luz da esperança, para construir entre as nações caminhos e laços de paz”.

“É também a ressurreição, e apenas ela, que, pelo seu próprio caráter renovador, comunica a força indispensável para reconstruir vidas e existências; histórias e percursos de um mundo novo, onde tudo é vivido em comum e o horizonte é a eternidade do amor, porque a fonte está na novidade da Páscoa”, acrescentou.

Últimas do País

A família informou o Consulado-Geral do Brasil em Lisboa para considerar o cidadão “em situação de perigo para si e para terceiros.”
Mais de 75.000 crimes de violência doméstica foram registados em quatro anos pela PSP, que propôs quase 60.000 medidas de coação a agressores e sinalizou cerca de 46.000 crianças junto das comissões de proteção.
Cerca de 63 mil casos de herpes zóster foram diagnosticados num ano, uma doença que leva ao internamento de uma pessoa a cada dois dias e que custa anualmente ao país mais de 10 milhões de euros.
Centenas de bombeiros sapadores de várias regiões do país estão concentrados em Lisboa para exigir a valorização da carreira, que dizem não ser revista há mais de 20 anos, e o aumento de subsídios como o de risco.
A Associação Apícola de Entre Minho e Lima (APIMIL) apelou hoje às autoridades nacionais que tomem "ações concretas e bem dirigidas" contra a ameaça de invasão de uma nova vespa, mais perigosa do que a asiática.
Entre janeiro e setembro deste ano 344 mulheres foram violadas em Portugal, disse hoje à agência Lusa fonte oficial da Polícia Judiciária (PJ).
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registou entre as 00h00 de domingo e as 07h00 de hoje 750 ocorrências devido à chuva e vento fortes, a maioria inundações, sem causar vítimas.
Os nove métodos mais utilizados de burla por telefone foram identificados pela PSP hoje em comunicado, alertando a população para a ocorrência deste tipo de crime.
A investigadora Manuel Manuel Mota considera curto o aumento de 3% no orçamento para a ciência e pede mais ambição no investimento, para se acabar com o “crónico subfinanciamento” e a precariedade “de uma vez por todas”.
Redação, 23 nov 2024 (Lusa) – A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) registou no primeiro semestre deste ano cerca de 15 mil crimes de violência doméstica, um aumento de 2% em relação ao período homólogo de 2023.