Eurodeputados querem saída da UE do Tratado da Carta da Energia

As comissões da Indústria, Investigação e Energia e do Comércio Internacional do Parlamento Europeu recomendaram hoje a saída da União Europeia do Tratado da Carta da Energia, por este acordo incentivar a utilização de combustíveis fósseis, penalizando metas 'verdes'.

© D.R.

Numa reunião conjunta, em Bruxelas, estas comissões parlamentares deram ‘luz verde’ a uma recomendação que sugere que a UE se retire deste acordo multilateral centrado no setor da energia, por considerarem que “deixou de ser compatível” com os objetivos climáticos da UE no âmbito do Pacto Ecológico Europeu e do Acordo de Paris, sobretudo devido aos incentivos a investimentos em combustíveis fósseis, informa o Parlamento Europeu em comunicado.

A decisão obteve 58 votos a favor, oito contra e duas abstenções.

Para que esta retirada avance, a assembleia europeia tem de dar o aval final na sessão plenária do final do mês, para que depois o Conselho da UE tome a decisão.

Criado em 1994, este Tratado da Carta da Energia visava facilitar a cooperação internacional e proporcionar um quadro para a proteção do investimento, o comércio e a resolução de litígios no domínio da energia, mas manteve-se praticamente inalterado desde a década de 1990, sendo hoje visto como desatualizado e como um dos tratados de investimento mais litigiosos a nível mundial.

Por essa razão, a Comissão Europeia propôs a retirada coordenada da UE e dos seus Estados-membros, uma vez que considera que o Tratado deixou de ser compatível com os objetivos climáticos europeus.

Últimas de Política Internacional

O Senado norte-americano confirmou hoje Robert F. Kennedy Jr. como secretário da Saúde do Governo do Presidente Donald Trump, apesar da forte oposição de democratas e cientistas, que criticam em particular as suas posições antivacinas.
O Secretário da Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, defendeu hoje que a iniciativa do Presidente norte-americano, Donald Trump, de chegar a acordo com a Rússia sobre a guerra da Ucrânia “não é uma traição” a Kiev.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, defendeu hoje que o partido de direita radical alemão AfD e a respetiva candidata ao cargo de chanceler são o futuro da Alemanha, enquanto Alice Weidel elogiou a Hungria como um modelo a seguir.
A Presidência da Rússia rejeitou hoje a proposta sobre a troca de territórios ocupados entre Kiev e Moscovo como parte das negociações de paz, uma possibilidade defendida pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
A Comissão Europeia decidiu hoje levar Portugal perante o Tribunal de Justiça da União Europeia (UE) por falhas na transposição da diretiva sobre créditos não produtivos (NPL, na sigla inglesa), foi hoje divulgado.
O número de passagens irregulares nas fronteiras da União Europeia (UE) manteve, em janeiro, a tendência em baixa observada em 2024, tendo recuado 22% na comparação homóloga, segundo dados da Frontex.
Os eurodeputados portugueses do PS, AD, IL, BE e PCP salientam à Lusa a necessidade de medidas para proteger a União Europeia (UE) contra 'fake news' e desinformação, enquanto o CHEGA diz que a UE as produz.
Uma representação de alto nível da administração do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai visitar a Ucrânia até sexta-feira, anunciou o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky.
O Presidente colombiano, Gustavo Petro, pediu no domingo a demissão de todos os ministros e outros altos dirigentes da administração, numa crise política instalada no executivo desde uma polémica reunião na terça-feira, transmitida pela televisão e pelas redes sociais.
Para Ventura, a receção calorosa foi um sinal “de dever cumprido” e de reconhecimento ao “nosso valor e ao nosso triunfo.” Em declarações à Herqles, o líder do CHEGA alegou que “foi alcançada uma verdadeira aliança de Patriotas para mudar a Europa.”