Meloni celebra “fim do fascismo” que “lançou bases para o retorno da democracia”

A primeira-ministra italiana e líder do partido de direita radical Irmãos de Itália, Giorgia Meloni, afirmou hoje que “o fim do fascismo lançou as bases para o retorno da democracia”, no dia em que a Itália celebra a libertação.

©Facebook de Giorgia Meloni

 

A mensagem divulgada hoje pela primeira-ministra italiana nas redes sociais, surge no dia em que a Itália celebra o feriado da Libertação do nazi-fascismo, 79 anos depois do fim da guerra, em 1945.

“No dia em que a Itália celebra a Libertação, que com o fim do fascismo lançou as bases para o regresso da democracia, reiteramos a nossa aversão a todos os regimes totalitários e autoritários, os de ontem, que oprimiram os povos da Europa e de todo o mundo e os de hoje, a quem estamos determinados a opormo-nos com compromisso e coragem”, escreveu.

E acrescentou: “Continuaremos a trabalhar para defender a democracia para uma Itália finalmente capaz de se unir no valor da liberdade”.

A celebração deste dia chega precedida pela decisão dos dirigentes da televisão pública RAI de cancelar o monólogo sobre o antifascismo e o 25 de abril do escritor Antonio Scurati, conhecido pela sua trilogia sobre o ditador fascista Benito Mussolini, no programa ‘CheSara’.

A decisão de cancelar a participação de Antonio Scurati foi considerada de censura pelos partidos da oposição, que voltaram a condenar o que consideram a intenção do Governo Giorgia Meloni de controlar a televisão pública e o seu conteúdo.

“Que a política se interesse pelo 25 de Abril é uma coisa boa, o importante é que o seu valor seja reconhecido, algo que infelizmente não vejo nem sinto e muitos ministros ainda não reconhecem o 25 de Abril”, disse o presidente da Associação dos Partidários de Milão, Primo Minelli.

O líder da Liga e vice-presidente do Governo, Matteo Salvini, participou na cerimónia no santuário de Sant’Ambrogio em Milão para recordar os que tombaram na Libertação juntamente com o autarca Beppe Sala e o ministro Giuseppe Valditara,

Matteo Salvini afirmou ainda que o antifacismo deste Governo “é evidente” e que sempre honrou o 25 de Abril “sem ter que se gabar disso”.

Últimas de Política Internacional

O chefe da diplomacia dos talibãs afegãos recebeu hoje em Cabul uma delegação norte-americana chefiada pelo enviado dos Estados Unidos para os prisioneiros, Adam Boehler, anunciou o gabinete do ministro Amir Khan Muttaqi.
A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Kaja Kallas, saudou hoje o anúncio de Trump de ajuda à defesa aérea da Ucrânia como extremamente importante.
As próximas conversações russo-americanas sobre o conflito na Ucrânia vão decorrer na Arábia Saudita no domingo ou no início da próxima semana, anunciou hoje o Kremlin (presidência russa).
O parlamento argentino deu luz verde ao governo do ultraliberal Javier Milei para concluir um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre um novo empréstimo para refinanciar a dívida argentina.
A carta que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou ao Irão na semana passada, instando o país a negociar sobre o programa nuclear iraniano, incluía um prazo de dois meses para se chegar a um novo acordo
O Governo dos Estados Unidos reconheceu num tribunal federal que está a tentar obter informações confidenciais sobre imigrantes indocumentados, no âmbito da atual campanha de deportação, avançou a estação norte-americana de televisão CNN.
Um eventual cessar-fogo parcial na Ucrânia após contactos entre os Presidentes da Rússia e dos Estados Unidos vai dominar a reunião dos líderes da União Europeia (UE) hoje em Bruxelas, quando o bloco comunitário aposta mais na sua defesa.
Cinco pessoas foram acusadas de corrupção ativa ou branqueamento de capitais no âmbito da investigação que visa a empresa chinesa Huawei, por suspeitas de corrupção no Parlamento Europeu, anunciou hoje o Ministério Público federal belga.
A China e a Rússia estão a utilizar um “enorme arsenal digital” para interferir e manipular as democracias ocidentais, alertou hoje a União Europeia (UE).
A Presidente do Peru ameaçou aplicar a pena de morte aos condenados por homicídio, depois de o vocalista de uma conhecida banda de cumbia peruana chamada Armonía 10 ter sido assassinado este fim de semana.