PJ deteve suspeito de gerir site para branquear fortunas de origem criminosa

A Polícia Judiciaria (PJ) deteve na zona da Grande Lisboa um homem suspeito de ter fundado a Samourai Wallet, ‘site’ usado para branquear fortunas de origem criminosa, numa operação coordenada pelas autoridades americanas (FBI), foi hoje anunciado.

© Facebook da PJ

 

Em comunicado, a PJ explica que a Operação Samourai, que decorreu em simultâneo em vários países, incluiu buscas domiciliárias na zona da Grande Lisboa e resultou na detenção do suspeito, um norte-americano com pedido de extradição e que era administrador de uma carteira de criptoativos.

Os criptoativos são representações digitais de valores ou direitos que podem ser transferidos e armazenados eletronicamente. Baseiam-se na ‘blockchain’, um tipo tecnologia de registo descentralizado de informação.

Segundo a PJ, o cidadão norte-americano é o principal suspeito de uma rede usada em larga escala para branqueamento de capitais, que prestava vários serviços aos seus clientes com o intuito de branquear os rendimentos provenientes de atividades ilícitas.

O detido já foi presente à autoridade judiciária para primeiro interrogatório e vai ficar em prisão preventiva enquanto aguarda o processo de extradição.

Desde o início da investigação, “foram recolhidos e partilhados elementos que relacionam os administradores da carteira de criptoativos ‘Samourai’ com atividades de branqueamento de capitais”, explica a PJ no comunicado.

Desses serviços, acrescenta, destaca-se o ‘Whirlpool’, “um serviço de mistura de criptomoedas que envolve fundos potencialmente identificáveis ou “contaminados” com outros, de modo a apagar o rasto e impossibilitar a identificação originária, bem como o seu congelamento pelas autoridades”.

Segundo a PJ, terão sido movimentados mais de mil milhões de dólares em ‘bitcoins’ e mais de 680 milhões de dólares em ‘BTC’, usados em transações ‘Ricochet’, uma plataforma de troca de criptoativos, que se dedica ao desenvolvimento de soluções exclusivas que permitem aos utilizadores investir os seus “ativos criptográficos” em tempo real.

Parte da operação que foi desenvolvida em território nacional, pela Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica da PJ, que contou com a colaboração Divisão de Investigação Criminal da Receita Federal (IRS-CI) dos EUA.

A operação envolveu várias buscas domiciliárias e levou à apreensão de bens materiais de valor não divulgado e de um acervo de bases de dados.

Últimas do País

O mês passado foi o segundo outubro mais quente em Portugal continental desde 1931, tendo sido muito quente e seco, segundo o mais recente boletim climatológico mensal do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) hoje divulgado.
A GNR registou até 31 de outubro 2.856 casos de burla informática através de utilização de aplicações para transferência imediata de dinheiro, informou hoje a Guarda numa nota para assinalar a operação “Comércio Seguro 2025”.
Uma das mais urgentes prioridades para o CHEGA na Câmara Municipal do Porto é pressionar o Executivo de Pedro Duarte a tomar decisões sobre o MetroBus na Avenida da Boavista.
O Conselho das Finanças Públicas confirma o pior cenário: o Serviço Nacional de Saúde afundou as contas públicas em 2024, absorvendo 93% de todos os prejuízos das empresas do Estado.
Portugal está a gastar mais de 40 milhões de euros por ano com reclusos estrangeiros, as prisões estão sobrelotadas, as agressões a guardas aumentam e o sistema aproxima-se do limite.
O Instituto Nacional de Emergência Médica registou este ano 28 intoxicações por monóxido de carbono, mais 10 do que em todo o ano de 2024, e alertou, esta quinta-feira, para os riscos de braseiras, esquentadores e fogões em locais com pouca ventilação.
A idade da reforma deverá subir para os 66 anos e 11 meses em 2027, um aumento de dois meses face ao valor estabelecido para 2026, segundo os cálculos com base nos dados provisórios divulgados hoje pelo INE.
O número de pedidos para indemnizações por abusos sexuais na Igreja Católica aumentou para 93, disse hoje a coordenadora do Grupo VITA.
O Estado está a ser ultrapassado dentro da sua própria casa: cerca de 300 fogos públicos foram tomados ilegalmente e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) admite não ter mãos a medir. Lisboa lidera o caos, os despejos duplicam e a vigilância é impossível num património espalhado por 493 bairros.
O presidente da associação de médicos tarefeiros, que hoje se reuniu com o Ministério da Saúde, prevê entregar à tutela até ao final do ano as suas propostas para disciplinar a prestação de serviços nos hospitais públicos.