Aprovada proposta para abolição das portagens nas ex-SCUT

A proposta foi aprovada com os votos a favor de PS, CHEGA, PCP, BE e Livre e a abstenção da Iniciativa Liberal. O PSD e o CDS-PP votaram contra.

© Folha Nacional

A Assembleia da República aprovou, esta quinta-feira, a proposta do PS para a abolição das portagens nas ex-SCUT. A proposta foi aprovada com os votos a favor de PS, CHEGA, PCP, BE e Livre e a abstenção da Iniciativa Liberal. O PSD e o CDS-PP votaram contra.

O Governo acusou o PS e o CHEGA de quererem governar em conjunto, e, esta quinta-feira, o ministro da Presidência de Conselho de Ministros alertou que os “portugueses devem estar atentos aos sinais” de partidos da oposição que podem estar a tentar governar a partir do Parlamento. Hugo Soares, líder parlamentar do PSD, foi mais longe e disse haver “um conluio” entre os dois partidos.

Antes do plenário, André Ventura salientou que o CHEGA procurou consensualizar com o Governo uma calendarização para a descida das portagens, mas não foi possível chegar a acordo.

Após a votação, o presidente do CHEGA acusou o Governo de Luís Montenegro de estar “do lado errado da história”. “Abolir as portagens não é uma força democrática, mas uma força de democracia. O CHEGA propôs abolição de portagens no Algarve e no interior, aproximando-se do exemplo espanhol. Queremos que acabem todas as portagens em território português. O PSD concentrou-se em falar em coligações negativas e o PS revelou hipocrisia porque não o fez em oito anos, mas no fim do dia as portagens foram abolidas”, acusou André Ventura.

CHEGA quer abolir as atuais taxas das ex-SCUTS

O fim imediato das portagens sempre foi um tema primordial na agenda de trabalhos do CHEGA. Tal como se pode ler no programa eleitoral do partido, para as eleições legislativas 2024, o CHEGA propõe a abolição das atuais taxas de utilização das SCUT, com base na disponibilidade orçamental existente. O CHEGA vinca ainda que é preciso a consignação mais significativa das receitas sobre os combustíveis nas despesas de manutenção e conservação das infraestruturas rodoviárias, bem como nas portagens das autoestradas que ligam as regiões mais deprimidas do país. É ainda proposta do CHEGA acabar com a exigência de pagamento de portagens nas autoestradas do interior do país, procedendo-se à renegociação dos contratos de concessão.

Últimas de Política Nacional

O candidato presidencial e líder do CHEGA considerou hoje a mensagem de Natal do primeiro-ministro "pouco feliz e pouco empática" por não falar da situação na saúde, desafiando os seus adversários para um debate sobre o tema.
O conselho diretivo de cada Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) vai passar a ter cinco vice-presidentes indicados pelo Conselho de Ministros, segundo um decreto-lei publicado.
O Presidente da República criticou hoje a demora do parlamento em eleger os conselheiros de Estado, frisando que já espera há seis meses, e disse ter convocado uma reunião do órgão consultivo porque a Ucrânia “é um tema fundamental”.
Candidato presidencial recorre da decisão que manda retirar cartazes com a frase “Os ciganos têm de cumprir a lei” e acusa os tribunais de impor uma ‘mordaça’ à liberdade de expressão em campanha eleitoral.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou o Conselho de Estado para 9 de janeiro para analisar a situação internacional e, em particular, na Ucrânia. A informação consta de uma nota divulgada esta terça-feira no site da Presidência da República.
Exigir que todos cumpram a lei passou a dar multa. O Tribunal Local Cível de Lisboa mandou retirar os cartazes de André Ventura e proibiu o candidato presidencial de repetir a mensagem, numa decisão que Ventura considera ser censura política.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vetou hoje os decretos da lei da nacionalidade, na sequência das inconstitucionalidades decretadas pelo Tribunal Constitucional, devolvendo-os à Assembleia da República.
O candidato presidencial Luís Marques Mendes divulgou hoje uma lista com os 22 clientes da sua empresa, na qual se encontram prestações de serviços em consultoria, comentários e participações em conferências, e que inclui a construtora de Famalicão Alberto Couto Alves.
A Autoridade Tributária classificou como “antiga” uma moradia reconstruída em 2024 pertencente ao ministro da Presidência, António Leitão Amaro, permitindo-lhe pagar menos de metade do IMI devido.
Luís Marques Mendes encerrou a sua empresa familiar e mantém silêncio sobre clientes, contactos e serviços que lhe renderam centenas de milhares de euros.