EUA suspende entrega de bombas por preocupações com Rafah

Os Estados Unidos suspenderam a entrega de um carregamento de bombas na semana passada, depois de Israel não ter respondido às preocupações de Washington sobre a ofensiva em Rafah, sul da Faixa de Gaza, disse um dirigente governamental.

©Facebook Israel Reports

 

“Suspendemos a entrega de um carregamento de armas na semana passada. É composto por 1.800 bombas de 907 kg [quilogramas] e 1.700 bombas de 226 kg”, disse um dirigente da administração de Joe Biden, sob a condição de não ser identificado.

“Ainda não tomámos uma decisão final sobre como proceder com este carregamento”, acrescentou.

A decisão foi tomada numa altura em que Washington se opõe a uma grande ofensiva planeada pelas tropas israelitas em Rafah.

Washington deixou claro que não apoia um ataque sem um plano credível para proteger os civis naquele local. Joe Biden “reiterou a sua posição clara” ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, na segunda-feira.

Os responsáveis israelitas e norte-americanos discutiram alternativas, mas “essas discussões estão em curso e não abordaram totalmente as preocupações” dos EUA, disse a mesma fonte.

“À medida que os líderes israelitas pareciam aproximar-se de uma decisão sobre essa operação, começámos a analisar atentamente as propostas de transferência de armas específicas para Israel que poderiam ser utilizadas em Rafah. Isto começou em abril”, explicou o dirigente.

O Departamento de Estado norte-americano está também a examinar outras transferências de armas, incluindo a utilização de bombas de precisão, conhecidas como JDAM (bombas guiadas à distância), acrescentou.

Na terça-feira, o exército israelita colocou tanques em Rafah, assumiu o controlo da passagem fronteiriça com o Egito e fechou os dois principais pontos de acesso da ajuda humanitária (Rafah e Kerem Shalom), uma medida considerada inaceitável pelos Estados Unidos.

Últimas do Mundo

Cada vez mais portugueses procuram a Arábia Saudita, onde a comunidade ainda é pequena, mas que está a crescer cerca de 25% todos os anos, disse à Lusa o embaixador português em Riade.
O Papa rezou hoje no local onde ocorreu a explosão no porto de Beirute em 2020, que se tornou um símbolo da disfunção e da impunidade no Líbano, no último dia da sua primeira viagem ao estrangeiro.
Pelo menos 30 pessoas foram sequestradas em três ataques por homens armados durante o fim de semana no norte da Nigéria, aumentando para mais de 400 os nigerianos sequestrados em quinze dias, foi hoje anunciado.
Pelo menos quatro pessoas morreram baleadas em Stockton, no estado da Califórnia, no oeste dos Estados Unidos, anunciou a polícia, que deu conta ainda de dez feridos.
O estudante que lançou uma petição a exigir responsabilização política, após o incêndio que matou 128 pessoas em Hong Kong, foi detido por suspeita de "incitação à sedição", noticiou hoje a imprensa local.
O alto comissário das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Volker Türk, denunciou hoje que “pelo menos 18 pessoas” foram detidas no golpe de Estado de quarta-feira na Guiné-Bissau e pediu que se respeitem os direitos humanos.
O Tribunal Penal Internacional (TPI), confirmou, na sexta-feira, que continua a investigar crimes contra a humanidade na Venezuela, depois de em setembro o procurador-chefe Karim Khan se ter afastado por alegado conflito de interesses.
Um "ataque terrorista" russo com drones na capital da Ucrânia causou hoje pelo menos um morto e sete feridos, além de danos materiais significativos, anunciaram as autoridades de Kiev.
O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) denunciou hoje que um grupo de homens armados e encapuçados invadiu a sua sede, em Bissau, agredindo dirigentes e colaboradores presentes no local.
A agência de combate à corrupção de Hong Kong divulgou hoje a detenção de oito pessoas ligadas às obras de renovação do complexo residencial que ficou destruído esta semana por um incêndio que provocou pelo menos 128 mortos.