Ministra da Justiça espera apresentar “em breve” agenda anticorrupção

A ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, assegurou hoje que vai apresentar “em breve” o pacote anticorrupção prometido pelo Governo, depois de já se ter reunido com os partidos e diferentes agentes do setor judicial.

© Instagram de Rita Alarcao Judice

“Apresentaremos em breve as conclusões do nosso trabalho, com lista de medidas identificadas como prioritárias, tanto no plano da prevenção, como no da repressão, privilegiando, na medida do possível, os domínios em que o consenso seja, previsivelmente, mais alargado”, afirmou a governante na abertura da Advocatus Summit, promovida pelo jornal ECO, em Lisboa.

Rita Alarcão Júdice destacou as reuniões que tem tido desde que tomou posse com as entidades e sindicatos do setor e reconheceu a necessidade de reformas, face a uma justiça “lenta, cara, inacessível, ineficiente e mal equipada” aos olhos dos cidadãos, mas garantiu que o executivo não vai deixar de atuar e de concretizar o programa.

“Reafirmo, se dúvidas houvesse, que o Governo vai cumprir o seu programa. O Governo vai mesmo levar a cabo a reforma da Justiça que o seu programa prevê. E vai fazê-la no interesse de todos os cidadãos”, observou a ministra, acrescentando que, “naturalmente, ouvirá os outros partidos com assento parlamentar”.

A ministra da Justiça enumerou ainda algumas medidas e diversos objetivos que estão já programados para diferentes áreas, nomeadamente ao nível da justiça económica, do apoio às vítimas mais vulneráveis, da relação processual com os cidadãos e das condições de trabalho dos profissionais, ao defender que “não é admissível ter tribunais onde chove” ou “prisões degradadas, sem condições para os reclusos e para os próprios guardas”.

“A falta de investimento do Estado na Justiça nos últimos anos em nada dignificou quem nela trabalha e muito contribuiu para redução da atratividade destas carreiras”, resumiu Rita Alarcão Júdice no seu discurso.

A ministra da Justiça abordou também a “necessidade de desgovernamentalizar as escolhas políticas na área da Justiça” e admitiu a existência de “muitos dirigentes no final do seu mandato”, reiterando a primazia de “critérios de competência” para essas nomeações.

Questionada diretamente sobre a procuradora-geral da República – cujo mandato termina em outubro – e a sua relação com os cidadãos, Rita Alarcão Júdice defendeu que deve existir uma “relação diferente”.

Entre essas diferenças, sustentou a governante, deve estar a comunicação: “A comunicação é essencial e se não conseguimos comunicar de forma eficaz com o cidadão… temos de apostar numa proximidade com o cidadão, com um discurso mais compreensível. Temos de ser claros e mais próximos do cidadão”.

Já sobre o manifesto assinado por 50 personalidades para uma reforma na justiça, sublinhou que as posições defendidas “são também pontos a ter em conta na análise holística que o Ministério da Justiça está a fazer” ao setor.

Últimas de Política Nacional

André Ventura assume candidatura presidencial como missão e critica imigração descontrolada e sobrecarga no SNS, defendendo que só o CHEGA pode "pôr ordem no país".
Os deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as responsabilidades políticas e de gestão do INEM decidiram hoje ouvir dois familiares das vítimas mortais associadas a atrasos no atendimento durante a greve do ano passado.
O presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que o Presidente da República quer atrasar a entrada em vigor da Lei de Estrangeiros por não concordar com as alterações a esta legislação.
O presidente do CHEGA, André Ventura, acusou hoje o PS de ser um “partido vendido”, depois de os socialistas anunciarem que irão abster-se na votação da proposta de Orçamento do Estado para 2026 e assim permitir a sua aprovação.
O Governo desconhece, não utiliza e não sabe onde está a aplicação 'Tagline' — uma plataforma de comunicação interna financiada com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que custou 1,6 milhões de euros.
O Parlamento aprovou esta quarta-feira, por unanimidade, um requerimento para ouvir Helena Borges, diretora-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), que irá prestar esclarecimentos sobre a cobrança de impostos relacionados com as barragens.
O parlamento aprovou hoje, na especialidade, uma proposta de lei do Governo que cria um regime de grupos de IVA para os grupos económicos consolidarem os valores do imposto a pagar ou a recuperar junto do Estado.
A medida já está em marcha e promete acabar com os apoios a quem vive do Sistema sem contribuir.
No voto antecipado realizado a 5 de outubro, foi identificado um erro num dos boletins referentes à eleição da Assembleia de Freguesia de São Domingos de Benfica: o nome do partido CHEGA surgia sem o quadrado onde os eleitores deveriam assinalar a sua opção de voto.
Fernando Ferreira Marques (PSD) adjudicou por ajuste direto um contrato de prestação de serviços jurídicos à sociedade Marques Batista & Associados. Esta firma foi fundada por Joana Marques Batista, que integra o executivo da Junta, assumindo o pelouro jurídico e exercendo funções como vogal-secretária.