Número de agressões a guardas prisionais subiu para 36 em 2023

O número de agressões a guardas prisionais subiu para 36 em 2023, tendo o sistema prisional registado ainda 58 mortes de reclusos por doença, nove evasões e 14 suicídios, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI).

© D.R.

 

Segundo RASI de 2023, divulgado na terça-feira, a população prisional conta com 12.193 reclusos, incluindo 347 inimputáveis, o que significa uma diminuição de 190 reclusos comparativamente a 2022.

O documento refere que se registaram mais seis agressões a guardas prisionais em 2023 face ao ano anterior, mais oito mortos de reclusos e mais uma evasão.

De acordo com o relatório, a taxa de ocupação em 31 de dezembro de 2023 era de 94,4%, representando uma pequena descida (menos 1,9%) e mantendo estável a relação entre população prisional feminina e masculina, bem como a relação entre preventivos e condenados, não obstante o peso relativo dos preventivos ter aumentado 1,4%.

Dos 12.193 reclusos, 2.655 eram preventivos e 9.538 condenados, sendo de 92,6% a percentagem de homens nas cadeias. Paralelamente, 83,3% dos reclusos tinham a nacionalidade portuguesa, sendo os restantes estrangeiros.

Quanto a estrangeiros, o modelo de distribuição entre continentes manteve-se com África a registar 45% (sobretudo Cabo Verde, Angola e Guiné-Bissau), seguindo-se a América do Sul (30,6%), com destaque para o Brasil. Por fim, surge o continente europeu (13,3%), sobressaindo a Roménia e a Espanha.

Quanto às tipologias criminais praticadas pelos reclusos, 30,8% dizem respeito a crimes contra as pessoas (incluindo homicídios), 23,8% por crimes contra o património, 19,4% por crimes relativo ao tráfico de droga e 10,1% por crimes contra a vida em sociedade.

Em relação apenas, verificou o quase desaparecimento, até por força de alterações legais, da prisão por dias livres e um diminuto decréscimo do peso percentual (menos 0,6%) dos condenados até seis meses de prisão.

Registou-se ainda descida de 0,8% no escalão das penas de prisão entre um e três anos, sendo que as penas entre três e seis anos e entre seis e nove anos sofreram aumentos, respetivamente, de 1,4% e 0,8%. Os escalões de 9 a 12 anos de prisão, de 12 a 15, de 15 a 20 e de 20 a 25, mantiveram-se estabilizados, ainda que com ligeira tendência de descida em todos eles.

No tocante a buscas e apreensões de droga nas cadeias, o RASI revela que no global o volume de apreensões diminuiu 38%. A apreensão de haxixe foi de menos 4.426,9 gramas, mas em contrapartida foram apreendias mais 350,1 gramas de cocaína e maus 54,2 gramas de heroína.

Relativamente a regimes e medidas de flexibilização, foram concedidas 8.976 licenças de saída jurisdicionais, de curta duração, não tendo regressado, no dia e hora fixados, 69 reclusos, o que traduz uma taxa de sucesso de 99,3%.

Em finais de dezembro de 2023, estavam a trabalhar em regime aberto ao exterior 131 reclusos (1,6% dos condenados), encontrando-se em regime aberto no interior 1.271 reclusos (13,3% deles condenados) e em regime de segurança 99 reclusos.

Em matéria de transferência de condenados, Portugal recebeu 70 cidadãos, dos quais 16 através do mecanismos de transferência de pessoas condenadas, 53 cidadãos extraditados e uma entrega temporária. Do número total destacam-se 13 de Espanha, 10 do Reino Unido, 10 da Suíça e oito de França.

Por seu lado, Portugal entregou 127 cidadãos, 27 condenados por autoridade portuguesa para cumprirem pena no Estado da respetiva nacionalidade ou residência, 97 extraditados e três alvos de entregas temporárias. Nestas entregas, Espanha (31 casos), Brasil (13), Alemanha (13) e França (11) foram os principais responsáveis.

Quanto á vigilância eletrónica (VE), foram recebidas 2.705 solicitações judiciais (menos 0,6%), sendo que a VE associada aos crimes de violência doméstica continuou a ser a modalidade com mais expressão (55,7%).

Ao total de 2.705 solicitações judiciais recebidas corresponderam um total de 3.112 tipologias de crime registadas. A 31 de dezembro de 2023 estavam em execução, em todo o território nacional, 2.712 penas e medidas fiscalizadas com recurso a VE.

Últimas do País

Agentes da PSP foram alvo de apedrejamento no Bairro da Cova da Moura, depois de tentarem intercetar uma viatura em fuga. Os suspeitos escaparam, mas deixaram para trás indícios de crime.
Dezenas de repartições de Finanças estão encerradas durante a manhã de hoje, até às 13h, e outras enfrentam constrangimentos no atendimento, enquanto decorre uma reunião ‘online’ de trabalhadores da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) para discutir reivindicações salariais e laborais.
Uma mulher de 60 anos foi constituída arguida pela GNR por utilização indevida de cartão bancário na aquisição de vários bens, num valor superior a 3 mil euros, no concelho do Sabugal.
O segundo dia de greve dos trabalhadores da função pública estava às 09:00 de hoje a ter uma adesão elevada, com 75% na educação e 90% nas cantinas das universidades e politécnicos, disse à Lusa fonte sindical.
Os doentes classificados como urgentes no hospital Amadora-Sintra enfrentaram hoje de manhã tempos de espera que rondava as 12 horas para a primeira observação, segundo dados do portal do SNS.
O desaparecimento de uma bebé no Hospital de Gaia não mostrou apenas uma falha de segurança: revelou um mercado milionário sem escrutínio, contratos feitos à porta fechada e sistemas supostamente infalíveis que afinal podem ser contornados.
Num só ano letivo, entraram mais de 31 mil alunos estrangeiros, um aumento explosivo de 22% que já está a alterar a composição das salas de aula e a desafiar a capacidade de resposta do sistema educativo.
Um globo, lápis, uma ardósia e nada mais. Foi este o ‘cenário natalício’ apresentado por uma escola de Pinhal Novo, após decidir eliminar todos os símbolos da época das fotografias escolares. A decisão caiu mal entre os pais, que acusam o agrupamento de impor uma medida que “ninguém pediu nem compreende”.
Foram emitidos avisos laranja para neve nos distritos da Guarda e Castelo Branco, e para agitação marítima na costa ocidental entre sexta e sábado.
Uma rede criminosa que movimentou mais de 200 milhões de euros em apenas dois anos foi desmantelada pela PJ do Porto. Cinco pessoas foram detidas e 45 arguidos constituídos num esquema gigantesco de branqueamento ligado a comerciantes chineses.