Conselho das Comunidades Portuguesas quer “atuação mais forte” de Portugal na Venezuela

O presidente do Conselho das Comunidades Portuguesas defendeu uma "atuação mais forte" de Portugal nos países da América Latina e em África, onde a diáspora tem uma "força importantíssima".

“Na América Latina, na África, há países de acolhimento em que as nossas comunidades têm essa característica. Uma parte delas tem uma força local importantíssima, tanto num aspeto económico, como também social e mesmo político, como também temos uma boa parte dessas comunidades muito carenciadas”, disse no sábado Flávio Martins.

O responsável falava à Lusa no final de uma visita à Venezuela, que teve como propósito conhecer a comunidade portuguesa local e que coincidiu com a passagem no país do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário.

“É importante, a partir da minha experiência e daquilo que vi, levar essa mensagem, não apenas para o Governo [português], para os meus colegas de bancada, porque afinal a Assembleia da República pode e deve propor leis, iniciativas, resoluções e recomendar ao Governo uma atuação mais forte, mais presente nas nossas comunidades, especialmente quando há esse tipo de assimetria que encontramos aqui na Venezuela, mas também na Argentina, no Brasil, na África do Sul e em Angola”, disse.

Flávio Martins sublinhou ainda que são países que precisam desse apoio mais direto e efetivo das autoridades portuguesas.

“Levo da Venezuela um exemplo muito peculiar, ou seja, encontrei aqui uma comunidade que, apesar de há diversos anos enfrentar uma situação económica muito grave, não perdeu a ligação com a portugalidade, muito pelo contrário, manteve, desenvolveu e até mesmo aumentou (…) as pessoas deveriam aprender muito com a comunidade aqui na Venezuela”, disse.

O também deputado do PSD garantiu que será “uma voz mais ativa” e lutará mais ainda para que a Venezuela seja vista “não apenas como um lugar de carência”, mas também “de resistência”, porque é isso que a comunidade portuguesa local tem demonstrado.

“Nos diversos lugares onde estive, percebi que as pessoas querem dizer uma coisa a Portugal: ‘com todas as dificuldades que possamos experimentar nos últimos anos, não deixamos de ser portugueses, não deixamos de amar Portugal e não deixamos de fincar aqui um exemplo de dignidade para as comunidades portuguesas’”, acrescentou.

Flávio Martins frisou ainda que é importante que mais membros do Governo português visitem a Venezuela.

“[Também] deputados, de quaisquer partidos inclusive, para que possamos levar essa mensagem aos órgãos de soberania e também à sociedade portuguesa”, referiu.

“Os portugueses infelizmente, em sua grande maioria, não conhecem as nossas comunidades. Não é apenas a comunidade da Venezuela, as comunidades em geral, especialmente fora da Europa, eles não conhecem. As pessoas têm uma visão que é muitas vezes fundamentada ou no desconhecimento, na falta de informação, na ignorância, ou então em algum tipo de preconceito, porque muitas vezes eles já têm uma imagem preconcebida do que são as comunidades”, explicou.

Segundo Flávio Martins, valorizar a diáspora portuguesa “não pode ser um discurso vazio e protocolar”.

“Nós precisamos valorizar as comunidades efetivamente. Eu espero que não apenas o Governo, mas o meu partido, os outros partidos, os órgãos de soberania e a sociedade portuguesa, inclusive a comunicação social em Portugal, percebam a riqueza que existe, a pluralidade, a diversidade que existe nas comunidades portuguesas e do valor que isso tem e deveria ser percebido por todos em Portugal”, concluiu.

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