CHEGA força adiamento de audição com a PGR no Parlamento

O CHEGA requereu hoje o adiamento, de forma potestativa, das propostas apresentadas pelo PAN e pelo Bloco de Esquerda para audição da procuradora Geral da República, Lucília Gago, em sede de Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais.

© Folha Nacional

Esta proposta foi primeiro apresentada pela deputada do PAN, Inês de Sousa Real, e pede a realização de uma reunião com Lucília Gago para “balanço relativamente à aplicação da Lei da Organização de Investigação Criminal e ao cumprimento das garantias constitucionais e legais de proteção do segredo de justiça”.

O Bloco de Esquerda, que também tem defendido a necessidade de a procuradora Geral da República dar explicações no parlamento, apresentou um requerimento com o mesmo objetivo.

Em sentido contrário a esses dois partidos, na terça-feira, em declarações aos jornalistas, o presidente do CHEGA , André Ventura, falou em “perseguição política aos órgãos de justiça, com a conivência de parte da comunicação social”, e numa operação de branqueamento do ex-primeiro-ministro António Costa”.

Sobre a hipótese de Lucília Gago ser ouvida em breve no parlamento, André Ventura alegou, de forma genérica, que o CHEGA nunca se oporá a que alguém seja ouvido na Assembleia da República, mas, depois, deixou a seguinte pergunta: “Mas qual a razão para só se chamar ao parlamento as instituições judiciais e policiais quando os políticos são envolvidos?”

A reunião com a procuradora Geral da República em sede de Comissão de Assuntos Constitucionais, no parlamento, caso seja aprovada, ocorrerá, entre outros casos com a justiça portuguesa, na sequência da divulgação de escutas envolvendo o ex-primeiro-ministro António Costa, mas sem qualquer relevância criminal no âmbito da chamada Operação Influencer.

Últimas de Política Nacional

O CHEGA voltou a bater de frente com o Governo após o novo chumbo ao aumento das pensões. O partido acusa o Executivo de “asfixiar quem trabalhou uma vida inteira” enquanto se refugia na “desculpa eterna do défice”.
O Ministério Público instaurou um inquérito depois de uma denúncia para um “aumento inexplicável” do número de eleitores inscritos na Freguesia de Guiães, em Vila Real, que passou de 576 inscritos nas legislativas para 660 nas autárquicas.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) reconheceu hoje que foram identificadas sete escutas em que o ex-primeiro-ministro era interveniente e que não foram comunicadas ao Supremo Tribunal de Justiça "por razões técnicas diversas".
Com uma carreira dedicada à medicina e ao Serviço Nacional de Saúde, o Prof. Horácio Costa traz agora a sua experiência para a política. Médico desde 1978, especialista em Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Estética, fundador do único serviço europeu com três acreditações EBOPRAS e professor catedrático, Costa assume o papel de ministro-sombra da Saúde pelo CHEGA com a mesma dedicação que sempre marcou a sua carreira. Nesta entrevista ao Folha Nacional, o Prof. Horácio Costa fala sobre os principais desafios do SNS, a falta de profissionais de saúde, a reorganização das urgências e a valorização dos trabalhadores.
A conferência de líderes marcou hoje para 19 de dezembro as eleições dos cinco membros do Conselho de Estado, três juízes do Tribunal Constitucional e do Provedor de Justiça, sendo as candidaturas apresentadas até 12 de dezembro.
O grupo parlamentar do CHEGA/Açores enviou hoje um requerimento à Assembleia Legislativa Regional a pedir esclarecimentos ao Governo dos Açores na sequência da anunciada saída da Ryanair da região.
A Comissão de Assuntos Constitucionais chumbou a iniciativa do CHEGA para impedir financiamento público a mesquitas, classificando-a de inconstitucional. Ventura reagiu e avisa que Portugal “está a fechar os olhos ao radicalismo islâmico até ser tarde demais”.
O ex-presidente da Câmara de Vila Real Rui Santos está acusado pelo Ministério Público (MP) de prevaricação, num processo que envolve mais cinco arguidos e outros crimes como participação económica em negócio e falsas declarações.
André Ventura disparou contra PS e Governo, acusando-os de manter um Orçamento “incompetente” que continua a “sacar impostos” aos portugueses. O líder do CHEGA promete acabar com portagens, subir pensões e travar financiamentos que considera “absurdos”.
O Parlamento começa esta quinta-feira a debater e votar o Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) na especialidade, numa maratona que se prolonga por cinco dias e culmina com a votação final global a 27 de novembro.