Putin considera talibãs afegãos como “aliados na luta contra terrorismo”

O presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje que considera os talibãs afegãos como "aliados na luta contra o terrorismo", depois de a Rússia ter sido atingida por vários ataques nos últimos meses.

© Facebook de Vladimir Putin

“Os talibãs são certamente nossos aliados na luta contra o terrorismo, porque qualquer potência no poder está interessada na estabilidade do seu poder e na estabilidade do Estado que lidera”, justificou Putin numa conferência de imprensa em Astana, Cazaquistão.

Moscovo anunciou em maio a sua intenção de retirar o movimento talibã da sua lista de “organizações terroristas”, mais de três anos e meio após o seu regresso ao poder no Afeganistão, enquanto a Rússia está preocupada com um possível contágio ‘jihadista’ na Ásia Central.

Os talibãs – que têm ligações históricas com o movimento ‘jihadista’ da Al-Qaeda – estão nesta lista na Rússia desde 2003, o que não impede que Moscovo mantenha relações com eles há vários anos, nomeadamente recebendo os seus emissários no seu território em múltiplas ocasiões.

Moscovo tem sido conciliador desde o regresso ao poder dos talibãs no Afeganistão, em agosto de 2021, devido às suas promessas de não permitir que organizações mais radicais se estabelecessem na região.

“Tenho a certeza de que os talibãs também estão interessados em que tudo seja estável, calmo e sujeito a certas regras no Afeganistão”, insistiu o líder russo.

A Rússia foi atingida nos últimos meses por vários ataques terroristas mortais, incluindo o da sala de concertos Crocus City Hall, perto de Moscovo, que provocou 145 mortos em março, numa iniciativa reivindicada pelo braço afegão do grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI).

Últimas de Política Internacional

A NATO vai reforçar a vigilância e segurança no flanco leste da Aliança Atlântica, depois do incidente em que drones russos entraram no espaço aéreo da Polónia, anunciou hoje a organização.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, homenageou hoje, numa cerimónia solene no Pentágono, as vítimas dos atentados de 11 de Setembro de 2001 em Nova Iorque e Washington, que causaram cerca de 3.000 mortos.
O Presidente finlandês, Alexander Stubb, acusou hoje a Hungria e a Eslováquia de alimentarem a invasão da Ucrânia com as compras de recursos fósseis russos, durante uma visita à Ucrânia, ecoando críticas de Kiev.
A Comissão Europeia desembolsou hoje a oitava parcela do empréstimo de assistência macrofinanceira excecional (AMF), no valor de mil milhões de euros, de um total de 18,1 mil milhões de euros.
Peter Mandelson foi destituído do cargo de embaixador britânico nos Estados Unidos "com efeito imediato", na sequência de alegações sobre a sua relação com o abusador de menores norte-americano Jeffrey Epstein, comunicou hoje o Governo.
A Polónia, membro da União Europeia (UE) e da NATO, anunciou hoje que restringiu o tráfego aéreo na sua fronteira leste, após a invasão de cerca de 20 drones russos suspeitos no seu território.
O primeiro-ministro polaco anunciou esta quarta-feira que vai invocar o artigo 4.º do Tratado da NATO, que prevê consultas entre todos perante ameaças à segurança de um dos Estados-membros, na sequência da violação do seu espaço aéreo por drones russos.
A França regista hoje protestos que se fizeram sentir principalmente nos transportes e autoestradas, com mais de 100 detenções, a maioria em Paris, num dia em que estava previsto um bloqueio total convocado contra as medidas do Governo.
Manifestantes nepaleses incendiaram esta terça-feira o Parlamento na capital Katmandu, após a demissão do primeiro-ministro na sequência de protestos que causaram 19 mortos, anunciou um porta-voz da assembleia.
O Parlamento Europeu (PE) validou hoje o acordo entre a União Europeia (UE) e o Brasil que permite o intercâmbio de dados pessoais e não pessoais para combater a criminalidade grave e o terrorismo.